Dentre os bilhões de possibilidades de compostos químicos existentes no universo, apenas 1% deles foi descoberto pela humanidade. Os cientistas estão à procura de novas combinações que poderiam revolucionar a ciência, mas essa não é uma tarefa fácil.
Compostos químicos estão por toda a parte, muitos deles formados pela natureza — como a água, os carboidratos, as proteínas, entre muitos outros. No entanto, os cientistas já “inventaram” muitos outros, como o náilon, a primeira fibra têxtil já produzida, sintetizada por Wallace Hume Carothers em 1935.
A criação da tabela periódica dos elementos em 1869 abriu as portas para uma infinidade de potenciais compostos químicos. Só as possibilidades envolvendo dois elementos (como a água e o ar que respiramos) levariam a 6.903 compostos, se produzidos. E isso seria apenas o começo.
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Para compostos formados por três átomos diferentes, seriam 1,6 milhão de novos produtos químicos para explorar. Para usar todo o potencial de ligações com quatro e cinco átomos, todos na Terra precisariam produzir três compostos cada, exigindo muito mais tempo para descobrirmos o que cada um deles poderia fazer.
O problema é que para isso seriam necessárias condições que não existem naturalmente na Terra, ou seja, teriam que ser reproduzidas em laboratório, ou ainda em experimentos no espaço. Por exemplo, os gases nobres como néon, argônio, xenônio e hélio não são considerados fáceis de se ligarem a outros elementos, mas alguns compostos como hidreto de argônio foram encontrados no espaço.
Se os cientistas quiserem produzir versões sintéticas do hidreto de argônio, eles precisam de laboratórios que reproduzem as condições de algumas regiões do espaço profundo. Felizmente, alguns experimentos já tiveram sucesso nessa empreitada, provando que é possível criar combinações que não seriam possíveis naturalmente na Terra.
Existem outras maneiras de encontrar novos compostos: observar aqueles que já existem na natureza e alterá-los, por exemplo, ou usar reações químicas com outros materiais. Essa técnica, embora simples, já nos proporcionou avanços incríveis, como a penicilina.
Alguns cientistas dedicam boa parte de suas carreiras tentando produzir novos compostos químicos, sabendo que uma nova “penicilina” poderia trazer outras revoluções para a humanidade. Para isso, eles precisam descobrir como eles estariam estruturados — no caso daqueles encontrados no espaço, por exemplo. Mas, considerando o potencial para inovações, é um trabalho que já valeu e ainda vale a pena.
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