As placas tectônicas
foram propostas há pouco mais de 100 anos, em 1912, e os movimentos da crosta explicados apenas na década de 1960 — mesmo assim, há muito o que discutir sobre os supercontinentes do passado, como a Pangeia, e os que virão no futuro.
Com o advento de mais dados e tecnologias para obtê-los, como ecolocalizadores e magnetômetros, modelos da tectônica de placas
são atualizados e criados todos os anos. Um deles veio da equipe científica da Advancing Earth and Space Sciences (Ciências do Avanço da Terra e do Espaço, em tradução livre), órgão da União Americana de Geofísica.
O produto desse trabalho, focado no efeito das placas tectônicas
nas marés mundiais, gerou uma previsão para um possível supercontinente do futuro — chamado Pangea Proxima — apenas uma entre muitas, já que propostas diferentes sugerem a organização continental chamada Amásia
, e outras, Pangea Ultima.
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Supercontinentes e o mundo de hoje
Como são previsões e cálculos sempre em movimento, simulações como esta não se propõem a ser a palavra final sobre o tema — na verdade, dizem mais respeito ao mundo de hoje do que o mundo do futuro.
Entender as dinâmicas das placas tectônicas nos permite saber mais sobre o clima da terra, seus oceanos e até mesmo a evolução da vida na Terra
, segundo o oceanógrafo Mattias Green, criador da animação que simula o futuro das placas.
No caso do estudo que trata da projeção, foram descobertas evidências de que o planeta está com uma energia de maré
muito alta, que deverá durar ao menos 20 milhões de anos.
Durante a formação do próximo supercontinente, as bacias oceânicas formarão um único e enorme corpo d’água, que terá energia de maré baixa. Isso dará origem a ondas menores e uma menor mistura de nutrientes, podendo privar o oceano de oxigênio e, portanto, diminuindo a presença de vida nele.
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