O Homem-Aranha é um dos personagens mais ensolarados, um benfeitor e protetor de sua comunidade que representa bem os principais elementos do super-heroísmo puro, baseado em generosidade, empatia e sacrifícios. Mas Peter Parker
tem uma “amizade tóxica” que já dura 61 anos e, bem, isso está começando a fazer muito mal ao ícone da Marvel Comics.
Introduzido há sessenta e um anos, o Homem-Aranha sempre lutou para manter uma vida social. E, depois de todo esse tempo, o difícil cotidiano de Peter Parker se tornou uma parte cada vez maior das tramas do herói. Na maior parte do tempo isso rendeu ótimas histórias, inclusive as que passaram a explorar seus aspectos mais falíveis como centro da narrativa.
Mas, ao longo das duas últimas décadas, seu aspecto falível mais explorado, a “amizade tóxica” sobre a dificuldade de o Homem-Aranha ser um melhor amigo de todos, é algo que vem escalando para níveis que estão até mesmo começando a descaracterizar sua constituição heróica.
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Vacila faz tempo
Dos anos 1980 a 2010, o lado infame do Homem-Aranha começou a ficar cada vez mais evidente, quando, em várias situações, vimos a comunidade de heróis reclamando ou isolando o Escalador de Paredes por conta de sua incapacidade de atuar em equipe e pelo simples fato de ele ficar tirando sarro de todos ou não levar ninguém a sério.
Nos últimos meses, Peter brigou com o Demolidor
e tem visto suas rusgas com o Homem de Ferro se deteriorando
; e fez os Vingadores de trouxas e discutiu asperamente com o Capitão América
. Isso culminou em uma depressão ainda maior, que terminou de vez seu romance com Mary Jane
e até t em afetado o comportamento do herói
.
E o último episódio envolvendo a “amizade tóxica” aconteceu recentemente, quando Miles Morales ficou de saco cheio com Peter sendo um péssimo amigo e mentor nos últimos anos.
Amizade tóxica
Em The Amazing Spider-Man Gang War: First Strike #1
, lançado recentemente, o pano de fundo é uma trama que serve de prelúdio para o próximo grande evento da Marvel, Guerra de Gangues
. Para conseguir lidar com a reunião de vários inimigos nas ruas de Nova York, Peter Parker recruta Mile Morales.
No entanto, Miles não aceita ajudar, pelo menos inicialmente, porque ele não é o maior fã de Peter no momento. A edição expõe como Peter pode ser um mau amigo, principalmente porque Miles tem passado por extremos níveis de estresse ultimamente, como quase ter sido morto pelo Carnificina.
Em trama recente, Peter ficou poucos minutos fora de Nova York em outra dimensão, enfrentando o vilão Rabin. Só que para todos ao seu redor, ele se ausentou por seis meses. E é isso que Miles lembra a Peter, que ele não nada além de um “fantasma” ultimamente, já que, quando mais precisou, ele não estava por lá.
Esse é o ápice desse “direcionamento” que a Marvel tem feito nas duas últimas décadas, e, aparentemente, chegamos a um delicado ponto, em que o Homem-Aranha está se tornando realmente um super-herói ainda generoso e resiliente, mas não mais altruísta. Isso está descaracterizando o personagem de forma perigosa.
Muita gente na comunidade tem estado descontente com essas escolhas e, com a chegada de mais um episódio importante na vida do Homem-Aranha, muita gente, inclusive eu, tem aumentado o coro para trazer de volta o coração altruísta de Peter Parker. Continuamos seguindo para ver se a Marvel vai nos escutar.
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