Autoridades do aeroporto de Berlim, na Alemanha, revelaram que oito pessoas já foram barradas pela alfândega somente nesta semana, tentando entrar no país com uma unidade do Apple Vision Pro
sem pagar os impostos devidos. Conforme explica o portal local Heise
, nenhum procedimento antecipado é necessário para computadores como o dispositivo da Maçã, mas uma taxa de 19% sobre o preço do objeto é aplicada para produtos que ultrapassem o limite de € 430 (~R$ 2.300) — mecanismo que os usuários detidos estariam tentando contornar.
Estreia da Apple
no segmento de óculos de Realidade Mista (MR), o Vision Pro
tem sido o centro das atenções nos últimos dias, tanto pelos recursos avançados e a construção complexa e de difícil conserto
, quanto pela tentativa de vendedores e consumidores de outros países de colocarem as mãos no aparelho. A história curiosa da vez vem direto da Alemanha, onde viajantes que passam pelo aeroporto da capital alemã tentam driblar a cobrança de taxas em unidades do visor de MR.
Segundo a alfândega, desde domingo (4), oito pessoas foram barradas com o aparelho sem pagar o imposto. As punições para esse tipo de situação não são nada amigáveis — além de ser obrigado a pagar a taxa de 19%, algo em torno de US$ 665 (~€ 620, ou R$ 3.300) calculados sobre o preço de US$ 3,499 (~R$ 17 mil) do Vision Pro, o usuário pode ser responsabilizado judicialmente e até ter o produto retido. Como explica o Heise
, o processo é demorado e pode levar mais de um ano.
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Para evitar problemas, quem entra na Alemanha com uma compra que estoure o limite deve acessar a “Zona Vermelha” (em tradução via máquina), onde o objeto é declarado e o imposto é pago. Por se tratar de um computador, não é preciso preencher documentos com antecedência. Quem for pego tentando evitar essa etapa ao passar direto para a “Zona Verde” é submetido às punições citadas.
Ainda não tivemos relatos similares no Brasil, mas a situação não seria muito diferente por aqui. Mesmo que o limite de importação em viagens aéreas tenha aumentado recentemente, o valor segue sendo bem abaixo do cobrado por um Vision Pro, estando estabelecido em US$ 1,000 (~R$ 5 mil). Quem ultrapassar o teto deve pagar uma taxa bastante salgada de 60% sobre o preço do aparelho, ou cerca de US$ 2,100 (~R$ 10.500) no caso dos óculos da Apple, podendo ter o dispositivo apreendido.
Se os rumores recentes se confirmarem, as dores de cabeça dos interessados no lançamento da Maçã podem ter um fim: ao que parece, a gigante estuda disponibilizar o Vision Pro em mais regiões antes da WWDC 2024
, grande conferência da marca para desenvolvedores esperada para acontecer em junho. A ideia seria justamente incentivar a produção de mais aplicativos para a plataforma. É difícil dizer se o mercado brasileiro estaria na lista de regiões de interesse da empresa, mas não espere por valores amigáveis, considerando o alto custo da solução nos EUA.
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