Adeus! Microsoft desativa seu último data center submerso
A Microsoft
anunciou recentemente ter desativado o último de seus data centers submersos instalados originalmente nos mares ao norte da Escócia, e não tem planos de criar novas instalações similares tão cedo. Os servidores faziam parte do Projeto Natick, criado em 2013, mas com operações iniciadas em 2018
. O foco dessas soluções era estudar abordagens alternativas para melhorar a eficiência de soluções de servidores
e outros serviços de HPC.
Em conversa com o site Data Center Dyanmics, a VP Corporativa de Inovação e Operações Cloud da Microsoft
, Noelle Walsh, confirmou que a companhia não está trabalhando em outros servidores submersos, mas o aprendizado com a experiência será utilizado em outros casos.
“Meu time trabalhou nisso e [os servidores submarinos] foram um sucesso. Aprendemos muito sobre operações abaixo do nível do mar e seus impactos nos servidores. Então aplicaremos essas lições em outros casos.”
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75% menos falhas que servidores em terra
Para o experimento, a Microsoft instalou 855 servidores no data center submerso e os deixou em atividade constante sem interferência por 25 meses e 8 dias. Em paralelo, o projeto também dispunha de 135 servidores similares instalados em terra firme rodando serviços Microsoft Azure de nuvem
e servindo como base de comparação.
Microsoft confirms Project Natick underwater data center is no more https://t.co/mDTARV4Vjt
— DCD (@dcdnews) June 17, 2024
Em um resultado impressionante, apenas 6 dos 855 servidores
submarinos apresentaram falhas ao longo do período do estudo, contra 8 dos 135 servidores do grupo de controle. Proporcionalmente, isso implica em um índice de falhas cerca de 75% inferior nas máquinas operando abaixo do nível do mar. Os especialistas da Microsoft afirmam que essa diferença se dá, principalmente, pela diferença na temperatura externa dos servidores
, mas outros fatores também influenciaram o resultado.
Um deles é que os tubos com os racks foram preenchidos com gás nitrogênio no lugar de oxigênio. Como não haveria a necessidade de pessoas inspecionarem fisicamente os servidores, optar por nitrogênio preveniu que os equipamentos ficassem sujeitos a processos naturais de oxidação.
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