domingo, 22 de dezembro de 2024

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A linha Galaxy M ainda faz sentido em 2024?

Jucyber

A linha Galaxy M ainda faz sentido em 2024?

A linha Galaxy M renasceu em 2019, se tornando a substituta planejada da finada — e tão popular — linha Galaxy J. Desde os primeiros lançamentos
, dos modelos M10, M20 e M30, ficou claro que o propósito da Samsung
era entregar aparelhos com características cada vez mais avançadas, mas sem abrir mão da bateria de longa duração.

Entretanto, as novas gerações da família M demonstram que a sul-coreana pode estar mudando sua estratégia. Com isso, alternativas da linha Galaxy A ou S FE começam a valer mais a pena. Então, será que a ainda faz sentido comprar um Galaxy M em 2024?

Linha Galaxy M e sua missão primária

Antes de mais nada, é importante destacar que o fim da geração J não foi apenas uma mudança de cenário no mercado mobile, mas consequência de erros da marca. Isso porque os aparelhos começaram a ter as suas configurações muito embaralhadas, gerando confusão nos usuários que estavam buscando por opções coerentes com o que gostariam de pagar.


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Os modelos da linha J7 são grandes exemplos — negativos — a serem citados. Em resumo, a Samsung conseguiu anunciar o Galaxy J7, J7 Prime e J7 Pro com o mesmo chipset, o Exynos 7870. Por mais que exista uma diferença de um ano e sete meses do primeiro para o último, as diferenças entre especificações eram pífias, com maior destaque para o tipo de tela, memória RAM
e o preço.

Por mais que a Samsung seja uma empresa de grande porte, errar na linha Galaxy J poderia afetar brutalmente o seu fluxo de caixa. Aqui no Brasil, esta série era a mais popular da sul-coreana, pois entregava alternativas em diversas faixas de preço, algo que vemos atualmente na família M.

Porém, em 2018, a Huawei
era uma “pedra no sapato” da Samsung, pois a chinesa estava focada em remover a Sammy do topo do ranking mundial em todas as categorias, inclusive de celulares intermediários. E isso aconteceria rapidamente, pois a Apple
já estava perdendo espaço no mercado mobile, ao ponto de cair para a terceira posição no pódio.

Por este motivo, do meu ponto de vista, a Samsung viu a reestruturação como uma necessidade para se manter confortável no topo. Com a chegada da linha M, vimos a empresa alavancar suas vendas dentro e fora do país rapidamente, apoiando-se na confiabilidade que o público sempre teve nos seus smartphones.

Quando surgiram os rumores de que a Samsung descontinuaria a linha J, muitos usuários pensaram que a empresa concentraria os seus esforços nas famílias Galaxy A, S e Z. Afinal, a fabricante estava começando a investir nos flagships dobráveis, focando em se sobressair nesta categoria.

Contudo, mesmo antes de a fabricante confirmar a informação, já começaram a surgir outras informações de que a linha Galaxy M voltaria a ser produzida. Assim, em janeiro de 2019, após mais de cinco anos de hiato, a sul-coreana lançou os modelos
M10, M20 e M30.

Linha Galaxy A: diferente, mas igual

Desde os primórdios, a linha Galaxy A foi vista como uma alternativa custo-benefício da família S, com foco em entregar muitos diferenciais dos flagships, mas por preços menores. Porém, de 2022 até a atualidade, vimos as configurações desta categoria cada vez mais próximas — ou iguais — às alternativas da linha M.

Isso fica perceptível no Galaxy M14
5G, que tem o mesmo hardware
do A14 5G: o processador Exynos 1330 está presente em ambos, por exemplo, havendo apenas algumas mudanças nos sensores fotográficos e na bateria — que é maior no modelo da linha M. O mesmo acontece no Galaxy M54 e A54.

Em diversas análises do Canaltech, os testes de bateria demonstraram que ter mais miliamperes não estava sendo o suficiente para os celulares da linha M. Em 2023, o M54 5G ficou com a autonomia inferior ao A54 5G, ao ponto de isso ser apontado pelo analista Bruno Bertonzin no título do review
. Com isso, o modelo da linha Galaxy A foi mais recomendado em diversas listas publicadas no mesmo ano
.

O que aconteceu com a linha M em 2024?

Em 2024, a linha Galaxy M foi anunciada com um aparelho que deu muito certo, e outro que não seguiu o mesmo caminho positivo. No Galaxy M15 5G
, vimos um acerto nas características gerais, mas, principalmente, no preço O modelo chegou ao mercado por R$ 1.500 e teve o seu valor reduzido rapidamente.

Por outro lado, o Galaxy M55 tem problemas que comprometem desde a sua usabilidade até a popularidade. Isso porque o produto foi lançado com um bug crítico na sua câmera, em que uma mensagem de superaquecimento aparece durante gravações de vídeo.

Além disso, em jogos e no carregamento, o celular roda a uma temperatura mais alta do que o esperado nessas situações, impactando negativamente na experiência de uso. Como se não bastassem estes problemas, o smartphone também recebeu um downgrade na bateria, que passou a ter apenas 5.000 mAh e uma autonomia inferior ao antecessor.

Além disso, o seu preço de lançamento não foi nada amigável para o bolso, mantendo-o bem afastado da categoria custo-benefício. O smartphone chegou ao Brasil por R$ 3.199
, e, apesar de o preço ter caído, ele ainda aparece acima de R$ 2.500 no varejo, sendo superado pelo Galaxy A55 nos principais diferenciais que faziam a linha ter propósito de existência.

Chegou a hora da linha Galaxy M se reinventar (mais uma vez)?

A linha Galaxy está passando por um momento de turbulência, e a Samsung precisa “apertar os cintos” para manter o público interessado nos smartphones desta família. Considerando todo o histórico da linha M, ainda há salvação, pois é preciso apenas que alguns ajustes sejam realizados para os celulares voltarem a valer a pena.

Entretanto, essa tarefa não será fácil, já que a própria Samsung tem anunciado modelos que superam as alternativas desta série, como vemos nas divisões A e S FE. Além disso, cada vez mais concorrentes chineses movimentam o mercado, garantindo modelos com preços atrativos e recursos variados.

Da forma que a linha Galaxy M está atualmente, ela não faz mais sentido. Para voltar a ter relevância e custo-benefício, é necessário que a Samsung volte com o upgrade na bateria, pois o público menos entusiasta de tecnologia
é movido a números. Por mais que números não sejam tudo para garantir que um smartphone é bom, no caso da bateria da linha M, faz toda a diferença.

Leia a matéria no Canaltech
.

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