O Moto G24 é um dos mais baratinhos celulares da família Moto G
lançados em 2024. Com a proposta de entregar experiência básica para mensageiros e redes sociais, o aparelho conta com armazenamento interno de 128 GB como um de seus diferenciais. O Canaltech lista 3 razões para comprar e 3 para não comprar o smartphone.
3 motivos para comprar o Moto G24
Apesar de ser um celular básico, o Moto G24 possui alguns pontos positivos bem interessantes. Ele foi considerado um bom celular barato para selfies em uma lista do Canaltech. Além disso, apresenta boa duração de bateria e seu desempenho não deixa o usuário na mão.
1. Boa duração da bateria
O Moto G24 ficou com 24 horas de autonomia
prevista no teste padrão do Canaltech. É uma marca muito boa, ainda mais se compararmos a outros modelos baratos 4G lançados este ano. Ele supera tanto o Galaxy A05s
quanto o Galaxy A05
, que ficaram com quase 16 horas e pouco mais de 18 horas, respectivamente. Mas perde para o Realme C53
, que chegou a 25 horas de uso.
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Se a gente quiser pensar em celulares com 5G que estão mais ou menos na mesma faixa de preço, há opções interessantes. Mas nenhuma delas supera a duração de bateria do G24. O Galaxy A15 5G
ficou com 23 horas no teste padrão do Canaltech, enquanto Moto G34 decepcionou com menos de 19 horas. O Redmi Note 13 5G
foi um pouco melhor, com 21,5 horas.
2. Bom para selfies
Como eu já mencionei, o Moto G24 é um dos 7 melhores celulares baratos para tirar selfies
. Na lista, eu destaquei que as fotos com a câmera frontal “têm uma qualidade muito boa para um celular de cerca de R$ 700. Então eu diria que é um dos melhores smartphones baratos para autorretratos.”
Já na análise do celular da Motorola
, eu escrevi que “o ponto positivo fica para a câmera frontal, que tem um desempenho razoável, exceto em locais com pouca luz. O nível de texturas é muito bom, apesar de a faixa dinâmica também deixar um pouco a desejar”. Ou seja, é ótimo para tirar selfies, considerando sua faixa de preço.
Seja como for, a câmera frontal é muito boa, enquanto a traseira também não deixa a desejar. Exceto a faixa dinâmica, que falha em alguns cenários mesmo em alguns não tão desafiadores assim.
3. Desempenho que não deixa na mão
Durante os testes com o smartphone da Motorola
, eu senti pequenos engasgos logo no início. Porém, passada a configuração inicial e com alguns apps instalados, o aparelho passou a ficar mais fluido — o que é bastante curioso ao parecer que ele “pegou no tranco”.
Seja como for, mesmo que não seja rápido para carregar aplicativos ou realizar processos um pouco mais complexos, o Moto G24 se comporta como esperado. Ele não deixa na mão, e é o que alguém que vai pagar cerca de R$ 700 em um celular espera de seu aparelho. Portanto, considero este um motivo para comprar o G24.
3 motivos para não comprar o Moto G24
O celular da Motorola tem algumas desvantagens, como tudo na vida. As principais estão destacadas e explicadas abaixo. Porém, é compreensível que você discorde delas e opte por levar o aparelho mesmo assim. A escolha final é sua, e a tarefa do Canaltech é ajudar para que ela seja feita com consciência.
1. Ausência de 5G e NFC
A questão mais importante aqui, acredito, é a ausência do NFC
. Entendo que muita gente não se importa com o 5G, mas vou explicar o motivo de eu achar um ponto negativo logo mais. Sobre o NFC, não poder usar o celular para pagamentos por aproximação é algo que pode fazer falta a muita gente, mas nem todo mundo.
Já a falta da conectividade 5G não é apenas um problema de velocidade de download
e upload. E também não envolve apenas a baixa latência, também. Aliás, não é uma questão unicamente da banda larga móvel: há várias outras novas tecnologias que ficam de fora pelo fato de o celular ter um chip considerado defasado.
Se fosse apenas o 5G, daria para entender perfeitamente quem não faz questão desta nova tecnologia
. O processador Helio G85, da MediaTek
, possui processo de fabricação de 12 nm ainda — já existem chips de 3 nm por aí. Além disso, a arquitetura dos núcleos também ficou um pouco ultrapassada.
Isso significa que o desempenho do celular pode não ser muito bom nos próximos anos, mesmo para tarefas mais simples. E mais: não há suporte para outras tecnologias mais novas, como o Bluetooth, que ainda está na versão 5.0 no Moto G24 (quando já vemos alguns aparelhos com a versão 5.4).
Tudo isso afeta, também, o suporte a atualizações de segurança, além de novos recursos, obviamente. Em outros termos, os celulares 4G, como o Moto G24, estão no limite e não poderão ir além nos próximos anos. São modelos com prazo de validade bastante curto.
2. Tela LCD
Telas LCD não são necessariamente ruins. Mas eu acho que o preço dos displays OLED já chegaram a um patamar que não faz muito sentido insistir em uma tecnologia que tem muitos pontos negativos. E os principais são o contraste e o brilho máximo inferiores ao OLED.
Com relação ao contraste, o preto pouco profundo (muitas vezes uma tonalidade escura de cinza, apenas) atrapalha no consumo de vídeos, principalmente. Além disso, o fato de não apagar completamente os pixels afeta o consumo de bateria, que não tem um ganho ao usar o modo escuro, por exemplo.
Já o brilho, a meu ver, é o ponto mais problemático. Usar celulares com tela LCD na rua, em dias ensolarados, é um desafio. Esse tipo de painel não alcança luminosidade suficiente para garantir boa visibilidade do conteúdo neste cenário. Há até modelos que cito claramente na análise que não são recomendados para Uber
e afins.
Não chega a ser o caso do Moto G24. Mas o celular da Motorola não é também o mais indicado para este tipo de trabalho. O que me leva ao motivo final para não comprar o aparelho.
3. Alternativas mais interessantes
Por R$ 700, é difícil encontrar um celular melhor que o Moto G24. Porém, com cerca de R$ 200 a mais, dá para levar modelos que durarão ainda mais tempo, por trazerem tecnologias mais novas. São smartphones com 5G que não devem em nada ao modelo da Motorola.
Tanto o Moto G34 quanto o Galaxy A15
5G estão nesta faixa de R$ 900 e não apenas são tão bons quanto, como são melhores que o Moto G24 em vários critérios. No caso do modelo da Samsung
, a tela também não tem o mesmo problema da visibilidade em ambientes externos.
Apesar disso, eu entendo que R$ 200 pode ser um investimento pesado para algumas pessoas. A questão é o custo-benefício, já que são celulares com maior durabilidade, ou seja, não precisarão ser trocados tão rápido quanto um modelo 4G. Mas, no final, a escolha é sua.
Leia a matéria no Canaltech
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