A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da SESAU (Secretaria Municipal de Saúde), mobiliza diversas equipes que estão atuando pelas ruas da Capital em ações de combate à dengue. Ao mesmo tempo, a administração reforça o convite à população para unir esforços com as equipes de saúde na intensificação das medidas contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O retorno das chuvas e o aumento da umidade criam condições propícias para a proliferação do mosquito, agravando o risco dessas doenças.
Somente em 2024, conforme o boletim epidemiológico da SESAU, Campo Grande já registrou mais de 11 mil casos notificados e um óbito confirmado na Capital. Diante desse cenário, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, reforça o convite à população para unir esforços no combate ao mosquito, destacando que essa é uma ação que depende do engajamento de toda a comunidade.
“As equipes da SESAU estão trabalhando incansavelmente, mas é fundamental que cada morador faça a sua parte. A recomendação é simples: dedicar apenas 10 minutos por semana para cuidar da casa e do quintal, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água. Esse pequeno esforço pode salvar vidas. Por isso, é importante ficar atento, principalmente neste período chuvoso”, afirma Rosana.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, o último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido) identificou três áreas com risco elevado e mais de 40 bairros em situação de alerta. “O LIRA é essencial para planejarmos nossas ações. Ele aponta onde estão os maiores focos de infestação e, a partir desses dados, conseguimos direcionar tanto a aplicação do fumacê quanto a realização dos mutirões de limpeza. Esse monitoramento também leva em conta os bairros com maior número de notificações vindas das unidades de saúde”, explicou.
O coordenador da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores (CCEV) da SESAU, Vagner Ricardo Santos, chama a atenção para a chegada do verão e seus impactos nas arboviroses, especialmente a dengue.
“Com o calor e as chuvas, o número de criadouros do mosquito aumenta muito. Por isso, os primeiros quatro meses do ano costumam ser os mais preocupantes. Agora, estamos intensificando os trabalhos nas áreas apontadas pelo LIRA e, a partir de janeiro, vamos organizar a Campanha ‘Meu Bairro Limpo’, uma grande ação de mutirão de limpeza que passará por todas as regiões da cidade”, destaca o coordenador.
Além das medidas preventivas, a secretária Rosana Leite reforça que a vacinação é outra estratégia essencial, especialmente para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. “Nós temos vacinas disponíveis em nossas 74 USF (Unidades de Saúde da Família). O esquema vacinal para aplicação da primeira dose (D1) já está em andamento, e as segundas doses serão enviadas nos próximos meses. A vacina é uma aliada importante, mas não substitui os cuidados diários de prevenção”, enfatizou Rosana.
Atualmente, a cobertura vacinal para dengue em Campo Grande é de apenas 13,5%. A vacina continua sendo oferecida ao público de 10 a 14 anos em todas as Unidades de Saúde da Família.
Veja os bairros que precisam de atenção redobrada:
Com registro em vermelho no LIRAa:
• Vida Nova
• Iraci Coelho
• Sílvia Regina
Com maior registro de notificação
• Cruzeiro
• Cabreúva
• Jardim Panamá
• Jardim dos Estados
• Santo Amaro
Com registro de atenção (AMARELO) – bairros que ficam nas imediações das seguintes USFs:
• USF José Abrão
• USF Vila Nasser
• USF Jardim Azaléia
• USF Seminário
• USF São Benedito
• USF Coronel Antonino
• USF Estrela do Sul
• CF Nova Lima
• USF José Tavares
• USF São Francisco
• Centro /Part. B Amambai
• Cruzeiro / Autonomista
• USF 26 de Agosto
• Bela Vista, JD Estados, Itanhangá, Glória/ Monte Líbano e São Bento
• USF Vila Corumbá
• USF Noroeste
• USF Maria Aparecida Pedrossian e Damha
• USF Cristo Redentor
• USF Carlota
• USF Itamaracá
• USF Moreninha
• USF Mario Covas
• USF Parque do Sol
• USF Alves Pereira
• USF Botafogo
• USF Aero Rancho
• USF Dona Neta
• USF Caiçara
• USF Batistão
• USF Coophavilla II
• CF Portal Caiobá
• USF Indubrasil
• USF Serradinho
• USF Popular
• USF Aero Itália
• USF Ana Maria do Couto
• USF Lar do Trabalhador
• USF Dom Antônio
• USF Jardim Presente
Confira as dicas essenciais para evitar a proliferação do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya):
A SESAU reforça que a principal forma de combater o mosquito é eliminando os criadouros, já que o Aedes aegypti deposita seus ovos em água limpa e parada. Dicas simples, como manter caixas d’água tampadas, limpar calhas e retirar água acumulada em pneus e vasos de plantas, podem fazer toda a diferença.
Mas a principal delas é: Dedicar 10 minutos semanais para inspeção em casa e quintal, eliminando criadouros do mosquito.
1. Eliminar água parada:
– Pneus, garrafas vazias, latas e vasos de plantas.
– Pratinhos de plantas devem ser preenchidos com areia ou lavados semanalmente.
– Limpeza regular e vedação adequada de caixas d’água.
– Evitar água acumulada em lonas, carrinhos de mão e outros equipamentos de obras.
– Bandejas de geladeira e ar-condicionado devem ser limpas frequentemente.
2. Manter ambientes limpos:
– Remover galhos e folhas de calhas para evitar acúmulo de água.
– Recolher lixo, manter em sacos fechados e em lixeiras tampadas.
– Eliminar entulhos e objetos descartáveis como copos plásticos e tampas de garrafa.
3. Cuidados adicionais:
– Piscinas fora de uso devem ser cobertas.
– Tampar ralos e instalar telas nas janelas.
– Utilizar repelentes conforme indicação do fabricante.
4. Proteção individual:
– Uso de repelentes (última aplicação após protetor solar ou hidratante).
– Mosquiteiros e inseticidas ajudam, mas têm eficácia limitada em ambientes abertos.
#ParaTodosVerem A imagem de capa mostra a reunião dos agentes para ações de combate a dengue em ambiente aberto. A foto interna mostra um agente verificando água parada em pneu. A foto seguinte é de dois profissionais orientando uma mulher e a última foto mostra três agentes de endemias virando uma caixa d’água.