A Câmara Municipal de Campo Grande realizou, nesta segunda-feira (1º), uma audiência pública para debater a greve dos trabalhadores da Assistência Social e as reivindicações da categoria junto ao Executivo. A iniciativa foi proposta pela Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso e presidida pelo vereador Leinha (Avante), com o objetivo de abrir espaço para o diálogo diante do impasse nas negociações salariais.

Em nome do Fórum dos Servidores do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) no município, a psicóloga Betânia Porto destacou a precarização da categoria e pediu apoio da Casa de Leis.
“Viemos à Câmara para defender uma política pública essencial para a população, mas que há anos está invisibilizada. Pedimos socorro porque estamos precarizados e nos sentimos desrespeitados. Várias tentativas de negociação salarial foram feitas, sem sucesso, o que resultou na greve. Por isso pedimos apoio aos vereadores e a esta Casa de Leis”, afirmou.

Segundo o Fórum, os salários dos servidores da assistência estão defasados. Em 2014, um servidor em início de carreira recebia R$ 2,5 mil — equivalente a 3,5 salários mínimos. Atualmente, a remuneração é de R$ 3,7 mil, cerca de 2,5 salários mínimos. Com a reposição inflacionária acumulada, a categoria estima que o valor deveria estar em torno de R$ 5,1 mil em 2025.

Entre as principais reivindicações estão a reposição da inflação não concedida nos últimos três anos, a incorporação do auxílio e a correção do vale-alimentação. Apesar de a Justiça ter determinado o retorno imediato dos servidores ao trabalho, as negociações ainda não avançaram.

“Servidores da SAS trabalham muito e ganham pouco na Prefeitura. Sempre estarei a favor dos trabalhadores da assistência social. É preciso ter agentes da Guarda Municipal nos CRAS para garantir a segurança dos assistentes sociais. Contem com os vereadores para avançar na carreira desses profissionais, que merecem muito”, declarou o vereador Leinha.

Assessoria de Imprensa do Vereador