29.09.2025 · 5:51 · Vereador Ronilço Guerreiro
O mês de setembro chega ao fim, mas a mensagem do Setembro Amarelo precisa permanecer presente no dia a dia. A campanha nacional de prevenção ao suicídio e valorização da vida trouxe neste ano o lema “Se precisar, peça ajuda!”, reforçando a importância de quebrar o silêncio e buscar apoio como um ato de coragem. Em Campo Grande, o vereador Ronilço Guerreiro, que também é psicólogo, tem utilizado o período para intensificar o debate sobre saúde mental por meio de palestras, encontros e ações de conscientização, mas faz questão de destacar que o tema não pode se restringir a um único mês.
Segundo ele, a saúde mental deve ser compromisso constante, e políticas públicas precisam ser fortalecidas para garantir acolhimento em diferentes ambientes, como escolas, empresas e órgãos públicos. “Saúde mental é coisa séria e a dor do outro precisa ser respeitada. Sempre digo que ninguém quer tirar a vida, a pessoa quer tirar a dor e a angústia que está sentindo e muitas vezes chega ao extremo, por isso temos que trabalhar as políticas públicas e os bons hábitos, além de estar atentos aos pequenos sinais”, disse Guerreiro.
O vereador, que esteve neste mês em várias empresas falando sobre a valorização da vida, lembra de histórias que ilustram o impacto de pequenos gestos, como a de uma mulher que desistiu do suicídio após encontrar um livro esquecido em um carro. “Tenho a mania de esquecer livros em carros estacionados e um dia uma pessoa me escreveu dizendo que tinha comprado remédios e bebida para se matar, mas, depois de ler um trecho de um livro que encontrou no seu carro mudou de ideia. Muitas vezes, uma palavra de apoio pode salvar vidas”, relatou.
Os números confirmam a urgência do tema. A Organização Mundial da Saúde aponta que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, a média é de 14 mil casos por ano, cerca de 38 por dia. Para entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina, que coordenam a campanha nacionalmente, esses dados demonstram a necessidade de ampliar o diálogo, combater o estigma e criar redes de apoio mais sólidas.