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Projeto prevê distribuição gratuita de sensor para monitoramento de glicemia para pacientes com diabetes tipo 1

02.09.2025 · 11:33 · Palavra Livre

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O diabetes tipo 1, uma doença crônica autoimune em que o sistema imunitário do corpo ataca e destrói as células do pâncreas que produzem insulina, foi assunto na Tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, durante a sessão ordinária desta terça-feira, dia 2. Lenine Oliveira Rocha Junior, tesoureiro da Associação dos Diabéticos de Campo Grande, ressaltou a importância do sensor de monitoramento de glicemia, para garantir mais qualidade de vida aos pacientes. Essa distribuição está prevista em projeto de lei, proposto pelo vereador Ronilço Guerreiro, e foi defendida por vários vereadores.

Lenine é pai de uma menina de 8 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1.  Ele citou a frequência do diabetes tipo 1 em crianças, que precisam do “controle diário, vitalício e constante da glicemia”. Sem o sensor, o controle glicêmico precisa ser feito pelo furo no dedo, várias vezes ao dia. Esse controle ocorre antes da criança se alimentar e também depois de comer. Ainda, é preciso fazer o cálculo de carboidrato, proteínas e de tudo que a pessoa está ingerindo.

“Então você imagina quantas vezes ao dia a criança, por exemplo, que gosta de comer o tempo todo, tem que fazer o furo no dedo, além das aplicações de insulina. Isso dificulta bastante esse controle”, afirmou Lenine. Com o sensor, ele consegue monitorar em tempo real como está a glicemia da filha enquanto ela está na escola. “Isso me fez poder estar aqui. Se não ia ter que ir na escola. 99% das mães, principalmente, param de trabalhar para acompanhar os filhos”, disse.

Sem o controle glicêmico adequado, há vários riscos para o paciente. Um dos riscos citados é cetoacidose diabética (CAD), uma complicação grave e potencialmente fatal do diabetes tipo 1. Há ainda a possibilidade  de complicações cardíacas, renais, oculares, entre outras. “A gente precisa ter mais atenção a esse controle e o sensor te dá esse controle 24 horas”, afirmou.

Os sintomas do diabetes tipo 1 incluem fome e sede excessivas, vontade frequente de urinar, perda de peso inexplicada, fadiga e fraqueza. Podem ainda aparecer visão turva e náuseas.

Projeto – O vereador Ronilço Guerreiro, autor do convite para o representante da Associação falar na Tribuna, protocolou o Projeto de Lei 11.917/25, que obriga o fornecimento gratuito pelo Poder Executivo Municipal de sensor medidor de glicose digital aos pacientes portadores de diabetes tipo 1, conforme prescrição médica. A proposta está em tramitação na Câmara Municipal.

“Quantas pessoas sofrem diariamente por que precisam de atenção do poder público? Esse projeto precisa ser aplicado em Campo Grande”, afirmou o vereador. Ele destacou que já conversou com a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, sobre o assunto e sugeriu uma emenda coletiva impositiva de todos os vereadores para colocar em prática a distribuição do sensor.

Milena Crestani
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

camara.ms.gov.br

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