Em comunicado nesta quinta-feira, 04 de março, a Universidade Federal Campus de Chapadão do Sul informou sobre a adesão à greve que está ocorrendo no Estado de Mato Grosso do Sul. Cerca de 75% dos técnicos da instituição aderiram ao movimento, o que resultou na paralisação de algumas atividades administrativas na unidade local. Esta paralisação é decorrente da adesão dos servidores na Unidade Central da universidade, em Campo Grande, cujos procedimentos administrativos afetam diretamente as atividades em Chapadão do Sul.
O movimento grevista está sendo liderado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), representando aproximadamente 80% dos funcionários do governo federal. O Fonasefe destaca a necessidade de recomposição salarial para uma categoria que enfrentou anos de congelamento salarial.
Conforme um gráfico apresentado, a defasagem salarial nos últimos 10 anos chega a mais de 55% em algumas categorias, como nos Servidores Técnicos Administrativos em Educação (TAEs). Dez anos atrás, o salário inicial de um TAE era aproximadamente 3 salários mínimos, enquanto agora é pouco mais de 1.5 a 2 salários.
A paralisação dos Servidores Técnicos Administrativos em Educação começou em 11 de março. Em 3 de abril, os servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica aderiram à greve, seguidos pelos docentes das instituições federais de ensino superior em 15 de abril.
A proposta de recomposição salarial apresentada pelo Governo Federal, de 0% em 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, foi rejeitada por diversas categorias, pois não compensa as perdas salariais dos últimos 3 anos.
Em Chapadão do Sul, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, aproximadamente 75% dos Servidores Técnicos Administrativos em Educação aderiram à greve, resultando na paralisação parcial de laboratórios, secretarias e biblioteca. Essas paralisações, embora ainda não tenham interrompido todas as atividades acadêmicas, têm prejudicado o atendimento às necessidades dos docentes e discentes.
Após 15 de abril, há a possibilidade de adesão dos docentes ao movimento, o que poderá resultar na interrupção de várias atividades acadêmicas por tempo indeterminado. No entanto, ainda não há uma confirmação sobre o desdobramento do movimento, considerando que a adesão à greve é uma decisão individual de cada servidor, amparada legalmente pelos respectivos sindicatos.
Fonte: Jovemsulnews (Rafael Ferreira)
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