O vereador Landmark Rios (PT), parceiro da iniciativa e defensor da agricultura familiar, participou do evento representando o deputado federal Vander Loubet (PT) e destacou a importância do projeto.
“Essa estrutura foi pensada há mais de 8 anos. É um sonho que muitas pessoas sonharam juntas. Aqui, os produtores estão dentro da Universidade Federal, com acesso a laboratório, análises técnicas e acompanhamento especializado. É um ganho imenso para a agricultura familiar de Mato Grosso do Sul”, afirmou.
A proposta une comercialização, formação e assistência técnica. Coordenado pela professora Aline Gomes da Silva, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, o Mercado Escola já beneficia mais de 5 mil famílias com suas ações e, nesta fase de vendas, reúne 34 empreendimentos, incluindo cooperativas com até 200 cooperados.
“A comercialização é apenas uma parte. O objetivo é que esses negócios de base familiar prosperem. Ao longo de 12 meses, receberão cursos, capacitações e acompanhamento direcionado para as demandas de cada produtor”, explicou Aline.
Para quem vive da produção, o impacto é direto. Naiara Alves dos Santos, produtora da comunidade quilombola Chácara Buriti, reforçou que a maior dificuldade sempre foi vender. “Nós sabemos produzir, mas não tínhamos locais para entregar. Hoje somos referência em agricultura familiar, atendemos nove escolas estaduais, mas esse espaço abre novas portas para chegar ao consumidor final sem intermediários. Na nossa região, são cerca de 50 famílias envolvidas”, disse.
A parceria com organizações também é peça-chave. Jair Galvão, presidente da CoopUrb, lembrou que o trabalho da cooperativa é ajudar os produtores a transformar produção em renda. “Eles sabem plantar e colher, mas vender é outra história. Esse espaço vem somar para garantir boa comercialização e fortalecer nossa rede”, ressaltou.
Para a reitora da UFMS, Camila Ítavo, o projeto extrapola os muros da universidade. “É mais do que um mercado, é um hub de inovação que envolve comercialização, processamento, rotulagem, precificação e formação. Hoje temos mais de 100 produtores cadastrados e queremos funcionamento pleno, todos os dias, com impacto em todo o estado”.
O Mercado Escola funciona no Setor 1 da Cidade Universitária, às quintas-feiras, das 10h30 às 18h30, reunindo bancas com hortaliças, artesanato, comidas típicas, plantas medicinais, doces e outros produtos, todos oriundos da agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais e empreendedores da economia criativa.
“Cada produto vendido aqui representa a valorização de quem produz”, concluiu Landmark.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque