segunda-feira, 22 de setembro de 2025

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Landmark celebra avanços de R$ 32 milhões e reforça valor da reforma agrária em MS  

Nesta segunda-feira (22), o vereador Landmark Rios (PT) participou do Seminário Reforma Agrária como Dinamizador do Desenvolvimento Sustentável, realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). O evento foi proposto pelo deputado estadual Zeca do PT, presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas, e marcou a entrega de títulos agrários, contratos de crédito, lançamento de programas de fomento e anúncios de novos investimentos de R$ 32 milhões voltados a quilombolas, indígenas e assentados.

Entre as autoridades presentes estavam a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli, o diretor de Governança Fundiária do Incra, João Pedro Gonçalves da Costa, além dos deputados federais Vander Loubet e Camila Jara. Também participaram os deputados estaduais Kemp (PT), Gleice (PT), Renato Câmara (MDB) e Rinaldo Modesto (Podemos).

O vereador Landmark destacou a importância da mobilização dos movimentos e lembrou seu trabalho em Brasília no primeiro semestre, em reuniões com a ministra Simone Tebet e representantes do Incra, para acelerar a regularização fundiária. “Eu tenho defendido o Cinturão Verde em Campo Grande para assentar 600 ou 700 famílias, mas também a reforma agrária em todo o Estado. Precisamos de organização e mobilização política para garantir orçamento da União e recursos para novas áreas de terra”, disse.

Proponente do seminário, o deputado Zeca do PT ressaltou o avanço histórico. “Em dois anos e meio, saímos de menos de 3 mil famílias com a CAF para mais de 30 mil. Isso significa acesso a crédito, políticas sociais e oportunidades. Estamos vivendo um momento de conquistas concretas para quem luta pelo lote de terra”.

A ministra Simone Tebet defendeu a complementaridade entre agricultura familiar e agronegócio. “Quando falamos da agricultura familiar, não é contra o agronegócio, pelo contrário, são complementares. Precisamos dos dois fortes para o Brasil crescer, gerar emprego e colocar comida na mesa. O orçamento do Incra aumentou 48% no governo Lula, contra apenas R$ 2 milhões no governo anterior. Hoje temos R$ 1 bilhão para programas como o PAA”.

A secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli, reforçou a prioridade dada pelo governo. “Enquanto houver uma criança embaixo de uma lona, a luta pela reforma agrária precisa continuar. Hoje entregamos contratos de crédito para 447 mães assentadas. Desde Dilma não se faziam desapropriações, agora 4.500 famílias entram no programa só em MS. Mas é preciso pressionar o Congresso por mais orçamento”.

O diretor do Incra, João Pedro Gonçalves, reafirmou o papel da autarquia. “O Incra é gestor de cerca de 50 políticas públicas ligadas à terra. A Constituição de 1988 garante a reforma agrária, e cabe a nós garantir que ela aconteça”.

O deputado federal Vander Loubet destacou a luta histórica em defesa dos assentados e a importância da entrega de silos no Assentamento Itamaraty. A deputada Camila Jara lembrou que “as políticas públicas para o campo garantem dignidade, renda e oportunidades para milhares de famílias”.

Entre os movimentos sociais, Dona Solange Clementino de Sá, presidente do Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária (MCRLA), comemorou a conquista do CCU. “Agora posso acessar crédito e investir. O CCU fortalece nossa agricultura e garante dignidade para quem vive da terra. Estou muito feliz e quero parabenizar o Incra pelo trabalho”.

Já Ronaldo Jefferson da Silva, presidente da Associação dos Descendentes de Tia Eva, celebrou a titulação definitiva da comunidade quilombola. “Esse reconhecimento é histórico. Agora podemos dialogar com o poder público para buscar melhorias e qualidade de vida para as famílias da comunidade Tia Eva”.

O evento também contou com representantes do MST, MSTB, MCLRA, LCU, CUT-MS, Fetraf-MS, Femams, Fettar-MS, Fetagri-MS, CTB-MS, entre outros movimentos sociais que reforçaram a necessidade de manter a pressão política para garantir mais orçamento e avanços concretos.

camara.ms.gov.br

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