“Campo Grande amanhece como nós falamos na Câmara Municipal semana passada que iria amanhecer: no apagão do transporte coletivo. Isso impacta a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do consórcio e, principalmente, da maioria das pessoas da cidade que dependem do ônibus para trabalhar, estudar e viver”, declarou o parlamentar.
Segundo Landmark, o colapso do transporte não é um episódio isolado, mas reflexo de problemas administrativos que vêm se acumulando sem solução. “Nós alertamos na Câmara, falamos da gravidade da situação, mas nada foi feito. Muito pelo contrário. O município se omite em um momento grave como esse”, afirmou.
A paralisação foi iniciada ainda na madrugada, com fechamento dos terminais e pontos de integração. A greve foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (11) e ocorre em razão do atraso no pagamento dos salários de novembro, do 13º salário e de benefícios trabalhistas. Os motoristas permanecem concentrados nas garagens, impedindo a saída dos veículos, sem previsão de encerramento do movimento.
O impacto da paralisação se espalhou por diversos bairros, com pontos de ônibus lotados e trabalhadores relatando dificuldade para chegar ao trabalho logo no início da semana. Landmark destacou que o problema ganha contornos ainda mais graves por ocorrer às vésperas do Natal.
“Campo Grande vive a véspera do Natal com essa situação, impactando a vida de mulheres, homens, crianças e estudantes. É um caos que atinge quem já vive no limite”, disse.
O Consórcio Guaicurus alega enfrentar uma crise financeira provocada pela falta de repasses do poder público, incluindo subsídios e valores ligados ao vale-transporte, o que comprometeria o pagamento das obrigações trabalhistas. Já a Prefeitura informou, em nota divulgada anteriormente, que os repasses estariam em dia.
Para o vereador, o impasse revela um modelo de gestão que falha tanto na fiscalização quanto no planejamento. Ele também alertou que o apagão no transporte pode ser apenas o início de uma sequência de paralisações em serviços essenciais.
“Além da greve dos motoristas, há indicativo de paralisação dos farmacêuticos nas unidades de saúde e também dos dentistas. A cidade corre o risco de viver um apagão generalizado nos serviços públicos”, afirmou.
Landmark reforçou que seguirá cobrando providências e responsabilização do Executivo. “Não dá para empurrar esse problema com a barriga. Quem paga essa conta é o trabalhador que depende do ônibus, do remédio e do atendimento básico. A cidade precisa de gestão, diálogo e respeito com quem faz Campo Grande funcionar”, concluiu.








