O depoente desta fase foi o gerente de operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira, que prestou esclarecimentos na condição de investigado. Em resposta aos questionamentos do vereador Dr. Lívio, Paulo Vitor reconheceu que há, atualmente, 97 veículos operando com tempo de uso superior ao estabelecido no contrato de concessão firmado com o município.
Esse dado já havia sido mencionado por representantes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), ouvidos na segunda fase da CPI, e agora foi confirmado por um dirigente do próprio consórcio responsável pelo transporte coletivo da capital.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio, destacou a gravidade da confirmação:
“Hoje ficou evidente que o contrato está sendo descumprido de maneira sistemática. Estamos falando de quase uma centena de veículos rodando fora do prazo legal, colocando em risco a segurança e a dignidade dos usuários. A CPI cumpre seu papel ao trazer à luz aquilo que por anos ficou invisível. A população merece um transporte eficiente, moderno e dentro da legalidade”, afirmou.
A oitiva desta segunda-feira marca um avanço importante nos trabalhos da comissão, que já acumula uma série de indícios de descumprimento contratual e má prestação de serviço por parte do Consórcio Guaicurus.