A fiscalização realizada na segunda-feira pelo vereador André Salineiro e pela suplente de vereadora Cassy Monteiro constatou problemas diversos na estrutura e no funcionamento do 5º Conselho Tutelar – Região Lagoa de Campo Grande, revelando um cenário que compromete a proteção de crianças e adolescentes.

A visita foi motivada por denúncias da população, que relataram problemas como falta de pessoal, condições insalubres, ausência de materiais básicos e inexistência de vigilância mesmo após ameaça de morte a um conselheiro. Durante a inspeção, os parlamentares registraram cada ponto e levantaram informações para compor um relatório que será enviado à Prefeitura.

Entre as irregularidades observadas, estão banheiros sem condições adequadas, área externa com mato alto e sujeira, ausência de servidores de limpeza, falta de salas individuais para atendimentos sigilosos, mobiliário inadequado e brinquedoteca improvisada. Também foi identificado o armazenamento de arquivos físicos em local impróprio, com risco de perda de documentos sigilosos.

O vereador André Salineiro destacou a importância da fiscalização. “Recebemos reclamações da população e viemos fiscalizar, levantamos as informações e registramos cada ponto. Agora, esse relatório vai para a Prefeitura e vamos cobrar respostas e mudanças para garantir a proteção das crianças e condições dignas de trabalho aos conselheiros”, explicou Salineiro.

Para Cassy Monteiro, a situação demonstra a urgência de atenção do Executivo. “Essa é uma pauta que muitas vezes não tem atenção da mídia e de autoridades, pois crianças não votam. Então muitas pessoas ignoram a dor delas. Mas aqueles que têm compromisso com o futuro da nação precisam ter compromisso com a infância. Infelizmente, o Conselho Lagoa está abandonado e é nossa responsabilidade cobrar sensibilidade, estrutura e compromisso do Executivo”, disse Cassy.

O relatório final será encaminhado oficialmente à Prefeitura e à Secretaria de Assistência Social (SAS) nos próximos dias. Entre as solicitações estão a regularização da estrutura física, a reposição de pessoal de apoio, reforço na segurança institucional e garantia de materiais essenciais para o funcionamento da unidade.

Ao término da fiscalização, Salineiro e Cassy reforçaram que o Conselho Tutelar é a linha de frente da proteção da infância e que acompanharão o caso de perto, cobrando providências do Executivo até que a unidade ofereça condições dignas para o atendimento da população e para o trabalho dos conselheiros.