10.09.2025 · 4:56 · Vereador Landmark
Na terça-feira (09), o vereador Landmark Rios (PT) esteve na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do Jardim Tarumã, em Campo Grande, onde realizou mais uma fiscalização a partir de denúncias feitas por moradores. O parlamentar conversou com usuárias do SUS e constatou que a situação da unidade é marcada por precariedade e desassistência, apesar dos esforços dos servidores.
Entre as principais queixas relatadas estão a escassez de vagas para consultas, obrigando moradores a chegarem de madrugada ao posto para tentar atendimento, muitas vezes em condições de insegurança. Mesmo assim, as vagas ofertadas não suprem a demanda do território, que é amplo e populoso. O problema também afeta famílias do bairro vizinho Pênfigo, onde não há atendimento. Nessas situações, os moradores recorrem ao Jardim Tarumã, mas enfrentam ainda mais dificuldades porque a unidade reduz o número de vagas destinadas a quem não mora no próprio bairro.
A falta de médicos também foi apontada como um dos maiores problemas. Segundo os relatos, quando a profissional da unidade está de atestado ou se ausenta, os moradores simplesmente ficam sem atendimento, acumulando consultas atrasadas e exames que perdem a validade antes da análise. A alta rotatividade de médicos agrava o quadro de instabilidade.
Outro ponto crítico é a ausência de medicamentos básicos e a dificuldade para renovar receitas, especialmente de pacientes com doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Muitos relataram que precisam buscar consultas particulares ou viver períodos sem o tratamento adequado por falta de atendimento médico. Há ainda escassez de medicamentos, gazes, algodão e ataduras para curativos.
“Estamos diante de um cenário de descaso. O povo madruga na fila, corre risco na rua, e quando consegue vaga, falta médico ou falta remédio. Isso é inaceitável. Nosso mandato vai cobrar explicações da Prefeitura e exigir que a saúde seja tratada como prioridade”, destacou Landmark.
Nos últimos dias, o vereador também esteve em outras unidades de saúde da Capital, como a UBS da Vila Carlota, onde encontrou 37 medicamentos em falta, compressor de ar inoperante e câmara fria quebrada há mais de um ano; na USF do Tiradentes, onde faltavam medicamentos básicos e até equipamentos para o pré-natal, obrigando servidores a usarem aparelhos pessoais; e na USF Estrela Dalva, onde a câmara fria voltou a apresentar problemas um mês após o conserto, somando-se à falta de 13 medicamentos e insumos odontológicos. Já no Centro de Especialidades Médicas (CEM), verificou-se a carência de insumos básicos e a precariedade da estrutura.
Na Câmara, Landmark também tem denunciado o desvio de R$ 156 milhões do Fundo Municipal de Saúde e cobrado a abertura da “caixa-preta da saúde”, lembrando que, só em 2025, mais de R$ 486 milhões já foram enviados pelo governo federal para Campo Grande, sem que a população perceba melhorias.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque