20.08.2025 · 3:04 · Vereador Landmark
Cerca de 60 pessoas se reuniram na manhã desta quarta-feira (20), em frente à sede da Subea (Superintendência de Bem-Estar Animal), em Campo Grande, em protesto contra a drástica redução dos atendimentos destinados às protetoras independentes e organizações da sociedade civil.
Até pouco tempo, a média era de 1.300 castrações mensais, sendo cerca de 250 procedimentos realizados em um único dia da semana, exclusivamente voltado às protetoras. Com o decreto municipal nº 16.313/2025, que cortou 25% dos serviços públicos, esse número caiu para aproximadamente 400 por mês. Agora, as protetoras têm acesso apenas ao programa itinerante, com limite de 10 animais por cadastro e sem datas fixas, o que compromete diretamente o trabalho de controle populacional de cães e gatos.
Nos relatos apresentados durante a manifestação, foram denunciados o descaso da Prefeitura com a causa animal, o impacto na saúde pública e a sobrecarga das protetoras, que, sem estrutura adequada, veem aumentar o abandono e a circulação de animais doentes nas ruas da cidade.
O vereador Landmark Rios (PT) criticou duramente a medida. Segundo ele, a decisão da prefeita Adriane Lopes representa um retrocesso na política de bem-estar animal e demonstra insensibilidade com a realidade enfrentada por quem atua na linha de frente das adoções e do resgate.
“Cortar as castrações é transferir um problema de saúde pública para as costas das protetoras, que já fazem o que o poder público deveria garantir. A prefeita está virando as costas para uma pauta séria, que impacta diretamente a vida das famílias de Campo Grande”, afirmou o parlamentar.
Landmark ressaltou ainda que vai acompanhar a situação de perto, oficiar as pastas competentes em busca de explicações e cobrar a retomada dos serviços em sua totalidade. Além disso, colocou o gabinete à disposição.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque