sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Debate iniciado por Ronilço na Câmara sobre sensores de glicose avança e pode beneficiar todo o Estado  

04.12.2025 · 3:25 · Vereador Ronilço Guerreiro

Um debate que começou na Câmara Municipal de Campo Grande, conduzido pelo vereador Ronilço Guerreiro e voltado inicialmente para atender pacientes da Capital, agora ganha dimensão estadual e pode transformar Mato Grosso do Sul em referência nacional no uso de sensores de monitoramento contínuo de glicose. Com foco nas pessoas, na segurança e na qualidade de vida das famílias, a discussão avança após receber apoio do deputado Paulo Corrêa. Ontem o tema foi debatido durante a audiência pública Tecnologia e Dignidade no Tratamento do Diabetes, realizada na Assembleia Legislativa.

A audiência, que reuniu especialistas, gestores, pais e representantes de entidades, reforçou a importância da tecnologia como ferramenta capaz de evitar episódios de hipo e hiperglicemia e reduzir internações. Um episódio presenciado no próprio plenário, quando um alerta no celular avisou que a glicose da pequena Eduarda, de oito anos, havia caído, permitindo intervenção imediata, evidenciou o impacto direto que o sensor tem na segurança dos pacientes.

Ronilço, que desde o início do mandato defende a criação de um programa municipal para fornecer sensores gratuitamente, lembrou que já articulou cerca de R$ 500 mil em emendas de vereadores para viabilizar um projeto piloto em Campo Grande. Na visão do parlamentar, o avanço da pauta para o âmbito estadual representa um passo decisivo para democratizar o acesso a uma tecnologia que salva vidas e oferece autonomia a milhares de famílias.

O deputado Paulo Corrêa ressaltou que a discussão nasceu no Legislativo da Capital e ganhou força na Assembleia, consolidando o apoio necessário para transformar a proposta em política pública. A estimativa apresentada aponta que Mato Grosso do Sul tem mais de 5,8 mil pessoas com diabetes tipo 1 — entre elas mais de 1,100 crianças e adolescentes — que seriam diretamente beneficiadas com o monitoramento contínuo.

Ao final da audiência, ficou definido que o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/MS), em parceria com especialistas, levantará dados precisos de pacientes e custos. O cálculo preliminar indica necessidade de cerca de R$ 750 mil mensais para atender apenas o público infantojuvenil, além do investimento inicial em leitores, estimado em R$ 9,38 milhões anuais.

Para Ronilço, o foco do debate nunca foi apenas a tecnologia, mas sim as pessoas e a dignidade no cuidado. “Esse debate começou na Câmara e hoje ganha força para chegar ao Estado inteiro. O que importa é garantir dignidade e segurança às famílias. A tecnologia existe, funciona e precisa estar disponível para quem mais precisa.”

Com articulação municipal e estadual alinhada, Mato Grosso do Sul pode se tornar o primeiro estado do país a oferecer sensores de glicose de forma contínua e gratuita na rede pública.

Com informações da ALMS.

camara.ms.gov.br