12.12.2025 · 7:33 · Vereador Landmark
A rede de saúde bucal de Campo Grande vive um dos piores cenários dos últimos anos. No início desta semana, veio à tona uma lista atualizada com 29 unidades de saúde sem compressores funcionando, total ou parcialmente. Sem esse equipamento básico, consultas, restaurações, urgências e procedimentos simples ficam paralisados, afetando milhares de pacientes diariamente.
A situação é tão grave que o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul (CRO-MS) publicou nota oficial denunciando más condições estruturais, consultórios inoperantes, equipamentos quebrados, com destaque para os compressores, além da falta de insumos essenciais e riscos à biossegurança de profissionais e usuários. O Conselho afirma fiscalizar as unidades há mais de um ano e meio, encaminhando relatórios detalhados ao Ministério Público, mas sem resolução definitiva por parte da Prefeitura.
O vereador Landmark Rios (PT) acompanha o problema desde o primeiro semestre, quando participou de uma reunião com o SIOMS (Sindicato dos Odontologistas de MS), ocasião em que o caos da saúde bucal foi apresentado de forma técnica e detalhada. Desde então, o parlamentar acionou o Conselho Municipal Gestor de Saúde, cobrando soluções e explicações formais, bem como realizou fiscalizações em diversas unidades, denunciando estruturas paradas e atendimentos interrompidos. Além disso, ele trouxe o tema para debate na Câmara, reforçando a necessidade de planejamento e investimentos urgentes na saúde bucal.
Como resultado direto dessas articulações, Landmark conquistou, por meio do deputado estadual Pedro Kemp (PT), a destinação de R$ 150 mil em emendas parlamentares, valores que devem ser liberados ainda no primeiro quadrimestre de 2026. Os recursos serão destinados exclusivamente à compra de novos compressores, para ajudar a recompor a capacidade mínima de atendimento da rede.
Para Landmark, a situação expõe uma falha estrutural na gestão da saúde do município. “A cidade está cheia de consultórios fechados porque a Prefeitura não faz o básico: manutenção. Compressor não quebra de surpresa. É falta de gestão. Enquanto isso, o povo volta para casa sem atendimento e os profissionais trabalham no limite”, afirmou.
O vereador também destacou a gravidade da nota oficial do CRO-MS. “Quando o Conselho precisa alertar publicamente sobre risco à biossegurança, significa que a crise passou de todos os limites”.
29 unidades atingidas
A crise atinge praticamente todas as regiões de Campo Grande. Segundo levantamento atualizado, estão com compressores quebrados, furtados, inoperantes ou insuficientes:
Clínica da Família Iracy Coelho
USF Universitário
Serradinho
Paulo Coelho
Clínica da Família Nova Lima
USF Bonança
Vila Nasser
São Conrado
UBSF Jardim Botafogo
USF Caiçara
USF Carlota
26 de Agosto
CEO Santa Emília (caso de furto)
USF Mário Covas
Vila Carvalho
USF Jockey Club
USF Nova Esperança
Poliuni
PSF Itamaracá
USF Indubrasil
UPA Vila Almeida
USF Coophavila II
USF Cohab (apenas 1 dos 2 compressores funcionando)
Odontomóvel (2 estragados, 2 funcionando)
José Tavares (quebrado nesta semana)
USF MAPE
USF Três Barras
USF Jardim Batistão (apenas 1 cabeçote para 3 cadeiras)
USF Albino Coimbra
A nota oficial reforça que o cenário atual traz risco à continuidade dos serviços públicos, viola normas éticas e coloca profissionais e pacientes em situação vulnerável. O Conselho destaca ainda que os inquéritos abertos a partir das fiscalizações seguem sem solução pela Prefeitura.
Landmark afirma que seguirá cobrando soluções estruturais e acompanhamento técnico sobre o uso dos recursos garantidos por sua articulação. “Não adianta esperar o compressor quebrar para reagir. A saúde precisa de planejamento, manutenção e respeito. Vamos fiscalizar para garantir que essa emenda vire equipamento funcionando dentro das unidades”.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque
Assessoria de Imprensa do Vereador











