30.05.2025 · 5:59 · Audiência Pública
A Câmara Municipal de Campo Grande realizou, na tarde desta sexta-feira (30), audiência pública para a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), com foco nas ações realizadas no primeiro quadrimestre de 2025. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, apresentou os dados e fez um balanço da situação da rede pública, especialmente após o decreto de emergência em saúde pública.
O decreto, publicado em 26 de abril, foi motivado pelo aumento expressivo nos casos de síndrome respiratória aguda, que pressionou as unidades de saúde com alta demanda por internações. Rosana destacou a gravidade da situação e o impacto direto da escassez de leitos hospitalares.
“Dos 1.719 leitos existentes na Capital, 1.310 são da saúde complementar. A quantidade de leitos deveria ser maior. A maioria está à disposição na saúde complementar. Há um déficit crônico de leitos. Nossas UPAs e CRSs ocupam o papel de unidades internadoras”, afirmou a secretária.
Durante a apresentação, foram destacados os seguintes números do quadrimestre:
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19.383 procedimentos hospitalares realizados, dos quais 10.756 foram cirúrgicos;
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923.941 procedimentos ambulatoriais efetuados em toda a rede municipal.
A secretária também apontou que, embora o decreto de emergência não tenha reduzido significativamente a procura por atendimento nos postos de saúde, ele teve um papel importante na conscientização da população sobre a importância da vacinação.
“O decreto mobilizou a população campo-grandense a buscar a imunização contra o vírus Influenza. Alcançamos 41% de cobertura do público-alvo, um índice que coloca Campo Grande entre as capitais com melhor desempenho”, destacou Rosana.
O presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa de Leis, vereador Dr. Victor Rocha, destacou que a audiência pública cumpriu com o papel de a secretaria prestar contas. “É uma oportunidade que temos de ouvir as demandas da população campo-grandense e buscar soluções para os problemas que existem na rede pública de saúde”, disse o vereador.
Durante a audiência, grupo de mães atípicas se manifestou cobrando mais atenção do Poder Público às necessidades das crianças com deficiência e doenças raras. Lili Daiane Recalde, presidente da Comissão de Mães Atípicas de MS, alertou para a falta de insumos e medicamentos básicos nas unidades de saúde e reivindicou a priorização na vacinação desse público vulnerável. “Não é aceitável que faltem materiais essenciais para o tratamento dos nossos filhos. Precisamos de políticas efetivas e respeito aos nossos direitos”, disse.
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal