Diante desse prazo extra, o vereador Landmark Rios (PT) afirmou que vai exigir a inclusão da necessidade de ar-condicionado nos ônibus entre as recomendações do documento final da CPI.
A defesa da climatização no transporte coletivo não é novidade. Logo no início do mandato, Landmark apresentou o Projeto de Lei número 11.636/2025, conhecido como “Ar no Busão”, que determinava a obrigatoriedade de ar-condicionado em todos os novos ônibus da frota. A proposta foi aprovada em plenário no dia 26 de junho, com ampla maioria de votos, mas acabou recebendo veto da prefeita Adriane Lopes (PP) em julho. O veto foi mantido na sessão da quinta-feira (4), mesmo após articulações do parlamentar para garantir apoio.
Segundo Landmark, não há mais justificativa para adiar o debate, já que até mesmo os próprios gestores do Consórcio Guaicurus reconheceram que a climatização é viável. Durante as oitivas da CPI, o atual diretor-presidente do consórcio, Themis de Oliveira, declarou que o ar-condicionado “é possível e necessário” e que seria implantado caso a Prefeitura determinasse. O ex-presidente, João Rezende, também admitiu que “hoje é realmente um calor” e manifestou concordância com a medida.
“Se os próprios dirigentes do transporte coletivo já afirmaram que o ar-condicionado é possível e necessário, não faz sentido o relatório final da CPI ignorar essa pauta. O trabalhador que enfrenta ônibus lotado e calor intenso todos os dias merece dignidade. Vamos cobrar que isso esteja no relatório e que seja uma exigência para o futuro do transporte em Campo Grande”, declarou Landmark.
A CPI concentra suas conclusões em três eixos principais: a idade média da frota, a situação financeira do Consórcio Guaicurus e o cumprimento do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG). Para Landmark, no entanto, o relatório só estará completo se também apontar medidas práticas que melhorem diretamente a vida dos usuários. “Temos que intensificar esse debate, garantindo mais dignidade ao trabalhador”.