30.05.2025 · 2:27 · Vereador Maicon Nogueira
Durante a audiência pública, que aconteceu nesta sexta-feira (30), na Câmara Municipal para debater sobre os corredores de ônibus, o vereador Maicon Nogueira, membro da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor da Casa de Leis defendeu a importância da política de mobilidade urbana e criticou gestores à época, que abriram mão da matriz OD, prejudicando o avanço para o município.
“Dentro da CPI do transporte coletivo, descobrimos algo decepcionante, que poucas pessoas sabem, pois fica nas entrelinhas dos contratos. A matriz OD é um item contratual que a Prefeitura de Campo Grande fez há 12 anos com o Consórcio Guaicurus, objetivando que dentro desse regime de concessão fosse feito um estudo amplo sobre a origem e destinos das pessoas na Capital. Ela deveria ser apresentada em dois momentos desse regime de concessão e não ocorreu. Para o investimento de R$ 4 milhões de reais, que foi liberado para fazer essa matriz, houve um aditivo, onde a Prefeitura abriu mão desses estudos”, indignou-se Maicon.
O parlamentar fez questão de ressaltar que Campo Grande não tem uma política de mobilidade urbana, simplesmente porque abriu mão. “Então podemos discutir o que for, resolver um problema de uma única rua, porém não vai mudar a falta de planejamento”, frisou.
RESPONSÁVEIS
“Abriram mão, não entenderam como item necessário para cumprimento do contrato e a gente sofre porque os estudos técnicos não se integram. Estamos cobrando responsabilidade de agentes públicos à época, atuais e também do Consórcio Guaicurus para que tenhamos um transporte público melhor”, disse Maicon.
O vereador Marquinhos Trad, em sua fala explicou que o planejamento de mobilidade urbana é feito de 10 em 10 anos e que a matriz OD foi realizada na sua gestão, porém paga pelo Consórcio Guaicurus.
“Só foi executado a OD com dinheiro pago pelo Consórcio, não foi pela Prefeitura. Fico muito perplexo e estarrecido, por querer colocar a culpa em Agereg a Agetran, pois os meus funcionários, na minha época são honestos, decentes e dignos de probos. Pode solicitar, como fizeram na CPI, quebra de sigilo. Podem quebrar o sigilo de todos, inclusive o meu, desde de que aqueles que propõem também ofereçam a sua quebra de sigilo para comparar”, afirmou.
Andréa Figueiredo Silva, da Agetran, destacou que o plano de mobilidade urbana tem suas prioridades. “Enquanto gestores temos que cumprir o plano de mobilidade onde somos obrigados a cumprir a hierarquização: pedestres, ciclistas, transporte coletivo, veículos comerciais e por fim os veículos de uso individual.
Temos nossos planos de mobilidade e planos diretores válidos”, finalizou a especialista em gestão de tráfego.
Assessoria de Imprensa do Vereador