12.09.2025 · 12:07 · Vereador Landmark
Jader Vasconcelos vai usar a Palavra Livre em 18 de setembro para detalhar pedido de auditoria
O presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Jader Vasconcelos, participará no próximo dia 18 de setembro da sessão da Câmara Municipal de Campo Grande, onde fará uso da Palavra Livre a convite do vereador Landmark Rios (PT). Ele vai expor aos parlamentares e à sociedade os problemas enfrentados pela saúde pública da Capital e detalhar a denúncia que protocolou junto ao Ministério Público e a outros órgãos de fiscalização, solicitando auditoria nas contas do Fundo Municipal de Saúde, diante da suspeita de desvio de mais de R$ 156 milhões.
O convite de Landmark reforça a parceria que vem sendo construída nas últimas semanas, em busca de respostas da Prefeitura. Em reunião realizada na última quarta-feira (10), no gabinete do vereador, Jader afirmou que o Conselho não tem tido acesso a documentos básicos, como extratos bancários e relatórios de execução orçamentária da Sesau.
“Uma das atribuições do Conselho é fiscalizar as finanças da Secretaria de Saúde para sabermos como o dinheiro está sendo aplicado. A gente tem solicitado alguns documentos e não tem recebido. Na maioria das vezes, não temos nem uma resposta do porquê o documento não é enviado”, disse Jader. Por esse motivo, solicitou que Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e outras instâncias façam um pente-fino nas contas. “O pedido de auditoria é pela falta de transparência. Não conseguimos analisar os gastos com saúde da forma como deveríamos, e isso impacta diretamente na qualidade do serviço”, completou.
Landmark destacou que a fala de Jader confirma as denúncias que ele próprio tem levado à tribuna. Na sessão da última terça-feira (9), o vereador levou uma caixa simbólica, envolvida em preto, representando a “caixa-preta da saúde”, com as principais falhas identificadas em suas fiscalizações.
“Já mostramos que só em 2025 o governo federal enviou mais de R$ 486 milhões para a saúde de Campo Grande, mas a população continua sem remédio, sem médico e sem insumo básico nas unidades. Some-se a isso a denúncia do desvio de R$ 156 milhões e a falta de transparência confirmada pelo Conselho. É urgente abrir a caixa-preta da saúde”, afirmou Landmark.
O parlamentar reforçou que seu mandato continuará articulando com a Superintendência Regional do Ministério da Saúde e órgãos fiscalizadores para garantir uma análise minuciosa das contas. Nas últimas semanas, ele vistoriou unidades como a Vila Carlota, Tiradentes, Estrela Dalva, Tarumã e o Centro de Especialidades Médicas (CEM), onde encontrou situações críticas, como falta de dezenas de medicamentos, câmara fria de vacinas quebrada, insumos básicos insuficientes e até servidores obrigados a usar equipamentos pessoais para atender pacientes.
“Essa luta é coletiva. É o vereador fiscalizando, é o Conselho cobrando, é a população denunciando. Só assim vamos conseguir abrir a caixa-preta da saúde e garantir que o dinheiro público seja usado onde realmente importa, que é o atendimento digno ao povo”, finalizou Landmark.
Foto: Pedro Roque
Renan Nucci
Assessoria de Imprensa do Vereador