Um leitor do Coxim Agora flagrou uma cena curiosa enquanto seguia viagem com destino ao distrito de Mané Manco, na zona rural de Coxim. O motorista avistou uma jiboia atravessando uma estrada vicinal e, decidido a registrar o momento, capturou a imagem da serpente. Posteriormente, enviou as imagens para o WhatsApp do Jornal da Terra do Pé de Cedro, para compartilhar com os leitores da região.
A jiboia, que mediria aproximadamente 1,5 metro, é uma serpente conhecida por seu comportamento tranquilo e por não ser peçonhenta. A espécie, científica e popularmente chamada de Boa constrictor, pode alcançar até 2 metros de comprimento quando adulta. Com hábitos noturnos, essa serpente possui olhos com pupilas verticais, um traço comum em animais que caçam à noite. No entanto, também pode ser ativa durante o dia.
Embora não represente grande perigo para seres humanos, a jiboia é um predador eficaz no controle de roedores, aves e lagartos. Ela se alimenta principalmente de presas menores, como camundongos e ratazanas, mas também pode consumir animais maiores, como frangos e lebres, conforme seu tamanho aumenta. Sua mordida, apesar de dolorosa, não é venenosa, mas pode causar infecções, caso não tratada adequadamente.
A jiboia é um animal vivíparo, o que significa que os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe, recebendo os nutrientes do sangue materno até o momento do nascimento. A gestação dura cerca de seis meses e pode resultar no nascimento de até 64 filhotes, que nascem com cerca de 48 cm e pesam cerca de 75 gramas.
Infelizmente, essa serpente tem sido muito perseguida por caçadores e traficantes, devido ao seu alto valor comercial como animal de estimação, além da sua pele ser utilizada na fabricação de artigos de couro. No entanto, para a natureza, a jiboia desempenha um papel importante, ajudando a controlar a população de pequenos animais e, ao mesmo tempo, mantendo o equilíbrio do ecossistema local.
Esse flagrante na zona rural de Coxim é mais uma prova de como a fauna local, apesar de muitas vezes ser invisível aos olhos das pessoas, está sempre presente em nosso cotidiano, trazendo à tona a importância de preservarmos as espécies e os ambientes naturais.
Fonte: Maikon Leal
