A rivalidade entre facções criminosas provocou mais um crime brutal em Coxim. Na noite de sábado (26), um homem de 40 anos, identificado como Edeilson Cardoso dos Santos, conhecido como “Deuzin”, foi morto com um disparo à queima-roupa no bairro Vale do Taquari. A execução, segundo a Polícia Civil, foi ordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e teve como alvo um suposto integrante do Comando Vermelho (CV).
A vítima foi surpreendida enquanto estava em frente à residência dos pais. Dois homens em uma motocicleta se aproximaram, e o garupa efetuou o disparo fatal, atingindo o pescoço de Edeilson, que morreu no local.
Crime articulado entre cidades
A investigação revelou que os autores do assassinato — João Henrique Savala Dorneles de Freitas e Fabrício Marques de Paula — vieram de Rio Verde de Mato Grosso para executar o plano criminoso. A emboscada foi organizada por membros do PCC atuantes em Coxim, com o objetivo de eliminar um rival e reafirmar domínio territorial.
Roger Nunes, também preso, teria sido o responsável por acompanhar a rotina da vítima e repassar as informações ao grupo. Ele ainda forneceu a arma usada na execução: uma pistola 9mm. Outros envolvidos, como Leandro Caces e Vitor Vieira, também participaram do planejamento logístico da ação.
Operação e prisões
Logo após o crime, os executores abandonaram a motocicleta usada na fuga em um posto de combustíveis, devido a um defeito mecânico. A polícia conseguiu localizar a dupla em Rio Verde de Mato Grosso, onde foi realizada a prisão. Impressões digitais de João Henrique foram encontradas na motocicleta, reforçando sua participação direta no homicídio.
Durante os depoimentos, os envolvidos confirmaram que o crime foi motivado por uma ordem do PCC contra um integrante do CV. As informações reforçam a tese da disputa por pontos de tráfico e influência criminosa na região.
Todos estão à disposição da Justiça
Todos os detidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Coxim e permanecem à disposição da Justiça. A investigação continua para apurar se há mais envolvidos e para desarticular a célula criminosa responsável pela ação.
Nota de correção:
Diferente do informado anteriormente, os suspeitos do crime vieram de Rio Verde de Mato Grosso (MS) e não de São Gabriel do Oeste.
Mikaela Loni