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“Eu não quero ver as imagens”, diz pecuarista preso por maus-tratos em fazenda no Pantanal

Foto: PMA

Preso em flagrante durante operação, o proprietário da Fazenda Alvorada, localizada em Rio Verde de MT (MS), por maus-tratos a animais. O pecuarista de 62 anos, residente em Campo Grande, disse “eu não quero ver as imagens”, se recusando a ver as fotos que comprovavam o estado degradante dos animais em sua propriedade. Sem demonstrar qualquer remorso, ele ainda mencionou que possuía outras fazendas, mas evitou comentar sobre os cuidados com os animais.

Foto: PMA

O proprietário foi capturado durante uma operação que contou com o apoio do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Batalhão de Choque e do Ministério Público Estadual. As investigações, que duraram quatro dias, revelaram uma situação de abandono e negligência chocante na propriedade rural.

O caso veio à tona após denúncias de pescadores que viralizaram nas redes sociais, mostrando cenas perturbadoras do gado na fazenda. Em um patrulhamento fluvial no dia 4 de setembro, a PMA constatou o abandono de 984 bovinos, dos quais 268 estavam mortos, com alguns cadáveres encontrados em locais inusitados, como uma piscina e o interior da residência do proprietário.

Durante a prisão, o pecuarista tentou justificar suas ações alegando dificuldades financeiras, o cancelamento de sua inscrição e o roubo de gado. No entanto, sua atitude demonstrou uma completa falta de responsabilidade e empatia.

As infrações cometidas pelo pecuarista configuram crimes ambientais previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), artigos 32 e 38, que tratam de maus-tratos a animais e destruição de áreas de preservação permanente, respectivamente. Além da prisão, ele foi multado em R$ 2.952.000,00 por dia devido ao caráter contínuo das infrações, além de uma multa administrativa de R$ 5.000,00 por danos a áreas protegidas.

Foto: PMA

Fonte: Maikon Leal


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