event_available 01/04/2025 |
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A apresentação em Dourados terá um significado especial, pois, além de exaltar a obra de Roca, marcará o lançamento oficial do álbum ao vivo, gravado durante a performance realizada no Teatro Glauce Rocha
Show-tributo acontece sábado no Cine da UFGD em Dourados. Foto: Mario Castello
O cantor e compositor Márcio de Camillo apresenta em Dourados o espetáculo ‘Do Litoral Central do Brasil: Márcio de Camillo canta Geraldo Roca’, uma emocionante homenagem ao compositor Geraldo Roca, falecido em 2015. O evento, que terá entrada gratuita, acontece no sábado, dia 05, às 20h, no Cine Auditório Wilson Biasotto, localizado na Unidade 1 da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
A apresentação em Dourados terá um significado especial, pois, além de exaltar a obra de Roca, marcará o lançamento oficial do álbum ao vivo, gravado durante a performance realizada no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande, em setembro de 2024. O disco já está disponível em todas as plataformas digitais.
Autor de clássicos como Trem do Pantanal, composta em parceria com Paulo Simões, Geraldo Roca é um dos pilares da música regional brasileira. Sua obra transita entre diversos gêneros, como chamamés, polcas, rock e baladas, influenciando gerações de artistas do Centro-Oeste e de todo o Brasil.
O show em Dourados contará com a mesma formação que brilhou nos palcos da capital paulista, trazendo Márcio de Camillo (voz, viola e violão de aço), Denise Ferrari (voz e cello), Nath Calan (voz, bateria e percussão) e Tiago Sormani (voz, flauta, teclado e saxofone).
O evento é uma oportunidade única para os admiradores da música regional prestigiarem um espetáculo emocionante, que celebra a trajetória e o legado de Geraldo Roca. A entrada é gratuita e aberta ao público.
GERALDO ROCA
Geraldo Roca é reconhecido nacionalmente como um dos mais influentes compositores da música sul-mato-grossense. Em 1975, ao lado do amigo Paulo Simões, compôs a clássica “Trem do Pantanal”, guarânia com harmonia de blues que se tornou o hino do coração dos sul-mato-grossenses. Desde então, não parou mais de compor pérolas que iriam refletir o imaginário fronteiriço cultural de Mato Grosso do Sul. “Mochileira”, “Polca Outra Vez”, “Japonês Tem 3 Filhas”, “Rio Paraguai”, “Uma Pra Estrada”…
Carioca nascido em 9 de junho de 1954, deixou uma obra que é um legado riquíssimo para a música brasileira. Composições que ilustram, com letras em português-espanhol-guarani e ritmos ternários baseados na polca paraguaia e guarânia, o jeito de ser do povo sul-mato-grossense e sua ligação ancestral com a cultura paraguaia. Roca mais do que um compositor era um pensador e teórico do continente sul-americano.
Estudioso das correntes musicais dos quatro cantos do planeta, não deixou de batizar a música feita por ele e seus colegas como a “música do Litoral Central”, denominando e posicionando a música sul-mato-grossense perante a América do Sul de maneira provocadora, já que o termo ele emprestou dos argentinos, que desde Tránsito Cocomarola chamam o som mais regional e folclórico de seu país como “música litoraleña”, aquela feita na beira dos rios, no mar de dentro, no mar interior. Um paradoxo que atraiu em cheio o pós-modernista Roca.