A Agência Estadual de Regulação (AGEMS), em parceria com a Energisa MS, está levando aos Municípios proposta sobre melhores práticas de arborização urbana e poda sustentável, para prevenir riscos trazidos por eventos climáticos e impactos na rede elétrica. Com a ocorrência cada vez maior de clima severo, temporais atípicos, vendavais de consequências extremas, é preciso olhar com ainda mais atenção para as vulnerabilidades do sistema de abastecimento de energia.
A série de encontros técnicos para orientar os Municípios, esclarecer as responsabilidades e oferecer alternativas chegou esta semana ao Cone Sul do Estado, com evento realizado na Câmara Municipal de Amambai, destinado a representantes de 12 cidades, entre prefeitos, secretários e técnicos de serviços urbanos, Ministério Público.
“Estamos proporcionando o diálogo entre os Municípios e a concessionária, para juntos, cada um dentro de sua responsabilidade e em parceria, corrigir situações já existentes que podem causar problemas na rede, e, principalmente, trabalhar a prevenção”, explica a assessora técnica da Diretoria de Gás e Energia, Adriana Ortiz.
Em Amambai, o encontro contou com a presença de 24 lideranças da região, que puderam conhecer um panorama apresentado pelo coordenador da Câmara Técnica de Energia da AGEMS, Paulo Patrício, e pela concessionária sobre as obrigações legais, as medidas necessárias e os riscos do plantio e manejo incorretos em arborização urbana.
Levantamento da Energisa mostra que 80% das falhas no sistema urbano da distribuição são causados por árvores na rede, seguido de 10% provocados por descarga atmosférica, 7% por situação referente a material, e 3% por questões de conexão.
Cooperação pela segurança e a sustentabilidade
Com a expertise operacional, a distribuidora oferece proposta de convênio de poda com as Prefeituras, visando à execução do Programa Anual de Manejo de Arborização Urbana. A cooperação tem quatro macros ações, que incluem um cronograma de trabalho com direcionamento alinhado; planejamento de longo prazo para o plantio adequado; sistematização das ações preventivas, com podas e supressões que já minimizem risco.
Em caso de retirada de árvores condenadas ou que sejam inadequadas para estarem próximas à rede, é feita a compensação ambiental com o fornecimento de muda e o plantio de outra espécie, apropriada para o local.
“Tudo isso tem o resultado esperado de segurança, redução de custos, melhoria na percepção dos moradores para o tema sustentabilidade ambiental e qualidade no fornecimento de energia”, explica Ivaldo da Conceição Rogério, supervisor de Construção e Manutenção da Energisa, que participa do encontro técnico com a equipe da AGEMS.