A Liga Gaúcha de Futsal (LGF) foi palco de mais um caso de racismo no esporte. O time do Atlântico, de Erechim – a 369 km de Porto Alegre, foi eliminado da Liga após retirar-se de quadra em protesto contra um caso de injúria racial durante a partida contra o Guarany, de Espumoso – a 262 km da Capital, no último sábado (30).
O episódio foi julgado nesta quinta-feira (05) pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS).
A partida, válida pelo jogo de volta da semifinal, foi interrompida após o goleiro João Paulo, do Atlântico, afirmar ter sido chamado de “macaco” por um torcedor presente no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso.
Em reação, a equipe de Erechim decidiu abandonar o jogo e não retornar à quadra. O Atlântico venceu o tempo regulamentar por 4 a 1 e encaminhou a decisão à prorrogação.
A partida foi paralisada aos 4min10s do tempo extra, quando o placar estava 1 a 1.
De acordo com a decisão do TJD-RS, o jogo não será retomado, e os três pontos serão atribuídos ao Guarany. Com isso, o time de Espumoso está classificado para a final da competição e enfrentará a Yeesco na decisão pelo título, em datas a serem confirmadas pela LGF.
Além de perder os pontos da partida e ser eliminado, o Atlântico ainda terá que pagar uma multa de R$ 100. O Guarany foi punido com multa R$ 10 mil e dois jogos com portões fechados.
O torcedor responsável pelo ato de racismo ficará proibido de frequentar o ginásio por 720 dias.
Ja a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso na esfera criminal. Conforme o delegado Felipe Cavalcanti, testemunhas estão sendo ouvidas e o autor da ofensa ao goleiro do Atlântico deverá prestar depoimento nos próximos dias.
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