sexta-feira, 20 de junho de 2025

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Situação do Morenão segue indefinida, mas reunião técnica pode destravar impasse sobre concessão e futuro do estádio

Uma nova tentativa de destravar o futuro do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, será feita no próximo dia 1º de julho, com uma reunião técnica que vai reunir órgãos públicos e entidades esportivas de Mato Grosso do Sul. O encontro, que terá formato técnico e restrito, contará com representantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), responsável pelo estádio, secretarias estaduais, Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, clubes e a Federação de Futebol de MS. O objetivo é identificar os principais entraves que impedem o avanço da concessão do estádio ao Governo do Estado e buscar um plano de ação para uma possível reabertura parcial do espaço.

A movimentação ocorre após uma audiência pública realizada recentemente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), que expôs a insatisfação dos clubes locais com a atual situação. Representantes de times como Operário e Comercial relataram as dificuldades enfrentadas para mandar jogos nas Moreninhas, distante para o torcedor e com estrutura limitada. “Não faz sentido continuarmos jogando nas Moreninhas. O palco do futebol sul-mato-grossense é o Morenão”, foi a frase mais usada durante o debate.

Durante a audiência, o presidente da Federação de Futebol de MS, Estevão Petrallas, revelou que pediu apoio direto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para colaborar na recuperação do estádio. Segundo ele, a entidade nacional já sinalizou com a possibilidade de destinar recursos para instalação de um novo gramado e um sistema de irrigação moderno, investimento que pode chegar a R$ 1 milhão. “Cada um pode fazer sua parte. Se houver boa vontade e união de esforços, podemos ter o Morenão apto para jogos em 2026”, afirmou.

O estádio está fechado para partidas oficiais por problemas estruturais e de segurança. A proposta de concessão ao Governo de Mato Grosso do Sul visa viabilizar investimentos em adequações exigidas por órgãos como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, responsáveis por laudos técnicos de segurança. “Se o Governo assumir o estádio será para oferecer boa condição de uso para jogos, mas principalmente ao torcedor. Não queremos ficar fazendo reformas paliativas, mas resolver um problema, porém temos que entender qual o tamanho desse problema, afinal estamos falando de um estádio com mais de cinco décadas”, disse o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de MS, Marcelo Miranda.

A reunião de julho será decisiva para definir os próximos passos da concessão que, se confirmada, será de 35 anos. A expectativa é que, ao final do encontro, saia um cronograma mínimo para intervenções emergenciais que permitam uma reabertura gradual do estádio, enquanto o processo de concessão segue os trâmites legais.

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