A final do solo da ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos Paris 2024 coroou a série de Rebeca Andrade, que conquistou o ouro, deixou Simone Biles com a prata e foi reverenciada em Paris.
Mas a prova também foi palco de polêmica que ultrapassou os limites da Bercy Arena e que, segundo informações da AFP, chegou ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), onde a briga pelo bronze pode ganhar novos capítulos.
Uma briga que não afeta nem o ouro de Rebeca nem a prata de Simone, e que está sendo liderada pela Federação Romena, em favor de Sabrina Maneca-Voinea.
Quinta colocada, a ginasta somou 13.700 na final, tendo perdido 0.100 de penalidade por supostamente ter pisado fora do tablado. Mas Sabrina alega que não pisou, o que elevaria sua nota para 13.800, colocando-a na terceira colocação, à frente da medalhista de bronze, a americana Jordan Chiles, e de sua compatriota Ana Barbosu.
No detalhe destacado pela romena e ex-ginasta Nadia Comaneci, é possível ver o momento em que a ginasta pisa no chão por outro ângulo. “Inacreditável, e uma grande vergonha para os juízes dizendo que o calcanhar saiu do tablado. Ela não mereceu o que aconteceu porque ela foi incrível”, disse.
Entenda a polêmica
A americana Jordan Chiles foi a última das oito finalistas do solo a se apresentar. Com a nota 13.666, ocupou a quinta colocação final. O resultado deu o bronze para a romena Ana Barbosu, que havia tirado 13.700 e começou a comemorar, pulando com a bandeira da Romênia nos ombros. Mas Jordan pediu revisão da nota, para reavaliação de um movimento que não havia sido considerado completo pelos árbitros. Ganhou e recebeu mais 0.100 na pontuação, passando para 13.766 e ultrapassando Barbosu, que chorou no ginásio.
Jordan Chiles estava no seu direito de pedir a revisão da nota. Mas a outra romena da final, Sabrina Maneca-Voinea, tampouco estava satisfeita. A ginasta havia acabado sua série com a mesma nota de Barbosu, 13.700, mas atrás dela pelo critério de desempate.
O primeiro critério é a nota de execução, na qual Barbosu tirou uma pontuação mais alta, 8.000 contra 7.900 de Voinea. Mas Voinea havia pedido revisão da penalidade de 0.100 que recebeu por pisar fora do tablado. Os juízes negaram o recurso. Agora, a presidente da Federação Romena de Ginástica, Carmencita Constantin, disse que deve recorrer no TAS.
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