Agnes Keleti, uma das maiores ginastas da história e a medalhista de ouro mais velha em vida, faleceu nesta quinta-feira (2), aos 103 anos, em Budapeste, na Hungria.
A atleta, que acumulava 10 medalhas olímpicas, estava hospitalizada desde o dia 25 de dezembro devido a um grave quadro de pneumonia. O Comitê Olímpico Húngaro foi quem confirmou a morte da esportista.
Nascida em 1921, na capital húngara, Agnes teve sua trajetória marcada pela Segunda Guerra Mundial. De origem judaica, precisou abandonar a equipe nacional de ginástica em 1940 devido às políticas antissemitas da época e se esconder no interior do país para escapar do regime nazista.
Durante o Holocausto, seu pai e outros familiares foram mortos no campo de concentração de Auschwitz, uma tragédia que interrompeu sua carreira durante anos.
Com as Olimpíadas canceladas entre 1940 e 1944 devido à guerra, Keleti só voltou a competir após o conflito. Nos Jogos de Helsinque 1952, conquistou seu primeiro ouro olímpico aos 31 anos, além de uma prata e dois bronzes.
Em Melbourne 1956, consagrou-se ao ganhar quatro medalhas de ouro e duas de prata, tornando-se a ginasta mais velha a vencer uma Olimpíada, aos 35 anos.
Agnes também se destacou por superar os traumas da guerra e pela contribuição ao esporte. Após os Jogos de Melbourne, estabeleceu-se em Israel, onde se casou com um professor de educação física e teve dois filhos. Ela também treinou a Seleção Israelense de ginástica e trabalhou como professora.
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