quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

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Corrida do Pantanal tem participantes com mais de 80 anos

Dona Zulimra ( ela estará fazendo o que mais ama: correr pelas ruas da Capital

Considerada uma das provas mais inclusivas do Brasil, a Corrida do Pantanal este ano tem um grupo de participantes com mais de 80 anos de idade para provar que é verdade. Elas têm vários pontos em comum, mas o principal é o fato de levar a vida de maneira leve, a preocupação em se exercitar para cuidar da saúde. 

A dona de casa Nilza Ferreira Falcão, de 86 anos, tem uma rotina certa de segunda a sexta-feira pela manhã. A hidroginástica é a primeira atividade do dia. Depois, ela troca a piscina e touca pelo chapéu e as ruas de Campo Grande para fazer a caminhada matinal. No total, são quatro quilômetros de ida e volta da casa dela até a academia de hidroginástica na Vila Planalto, em Campo Grande.

Dona Nilza outra que vai estar pelas ruas da cidade (foto-assessoria)

A caminhada faz parte da vida dela desde a juventude, graças ao marido que era profissional de educação física e sempre a incentivou a se exercitar. “Sem a caminhada, eu acho que eu estava em cima de uma cama. Porque eu tenho problema de coluna, sinto dores. Então, como meu médico recomendou, eu faço atividade física e isso desaparece tudinho. Eu levanto de manhã, já faço meu alongamento e vou para as minhas atividades, aí passo o dia muito bem”, explicou.

Nilza Falcão estará na caminhada de 5km da Corrida do Pantanal, junto com a filha Izabel e a neta Sarah, que foi quem inscreveu o trio. “É um sonho poder estar pela segunda vez na Corrida do Pantanal, é bom demais. E o segredo para ter toda essa minha disposição é fazer tudo com prazer, não apenas fazer por fazer, tem que fazer com alegria. E não ficar parado, bora se movimentar”, aconselhou dona Nilza.

Dona Dione vai participar da prova na capital

Já para Dione Ignes de Lima, de 82 anos, foi uma surpresa saber da caminhada da Corrida do Pantanal. O filho dela, Hoender de Lima, fez a inscrição dos dois sem contar nada. Há seis anos, mãe e filho se mudaram de Corumbá para a Capital para fazer tratamentos de saúde. Ela tem diabetes e artrite reumatoide, ele trata a fibromialgia. A orientação dos médicos que os acompanham é a prática de atividade física.

Os dois fazem caminhadas no quintal de casa e cuidam um do outro, foi então que o Hoender teve a ideia de fazer uma programação diferente com a mãe. “Minha ideia era levá-la para passear no parque na caminhada de 5km da Corrida do Pantanal, porque vai ter bastante gente, vai ser uma movimentação bem legal. Vamos caminhar parte do trajeto e depois ela vai na cadeira de rodas. Eu ia contar só no dia, mas como a reportagem veio, eu antecipei a surpresa. A gente tem uma ligação muito grande. É eu por ela, ela por mim e Deus por nós. Ela me cuidou tanto, passou tanto perrengue comigo, acho que o mínimo que eu posso fazer é retribuir esse amor”, revelou.

Dona Dione se emociona quando fala do filho. “Eu gosto de sair, de estar com ele, ele é meu parceiro da vida toda, por isso eu choro, ele cuida muito bem de mim”, contou.

Foi também o filho da dona Zulmira Mercedes Lopes Yamada, que também fez a inscrição dela no novo percurso da Corrida do Pantanal, os 8km. Às vésperas de completar 81 anos, ela estará fazendo o que mais ama: correr pelas ruas da Capital. 

A dona de casa começou no esporte com 60 anos de idade. Em um dia qualquer, ela pediu para o filho inscrevê-la em uma corrida, mesmo sem nunca ter praticado a atividade. Participou e até conseguiu troféu. De lá pra cá, os treinos no centro poliesportivo da Vila Nasser viraram rotina e as medalhas e troféus se tornaram frequentes em provas de corrida de rua.

“Eu tenho três filhos, são eles e minhas noras que marcam as corridas pra mim. Com a graça de Deus, estou firme até hoje e quero continuar correndo, até onde eu puder. É uma coisa que eu amo fazer, eu posso demorar pra chegar, mas eu sempre chego. Minha dica para todo mundo é ter boa alimentação, dormir bem, se exercitar claro, mas sempre com um sorriso no rosto, minha vida é sorrir. Com certeza, no dia 22 de setembro, na Corrida do Pantanal, eu vou sorrir muito, estou muito empolgada”, enfatizou.

Com assessoria 

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