Há quatro dias da abertura dos Jogos Olímpicas Paris 2024, o jogador holandês de vôlei de praia, Steven van de Velde, foi informado que ficará isolado do restante da delegação do país durante o evento esportivo.
A decisão do Comitê Olímpico Holandês se deve a um pedido de Steven, pelo fato dele ter sido condenado, em 2016, pelo estupro de uma menina de 12 anos.
O atleta não ficará na Vila Olímpica e também não terá contato com a imprensa. O Comitê Olímpico Holandês disse que a medida tem como objetivo “garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes olímpicos” e reiterou que “as medidas estão de acordo com a prática padrão” adotada pela entidade.
Relembre o caso
Em 2014, Steven van de Velde, na época com 19 anos, voou de Amsterdã, na Holanda, até Milton Keynes, no Reino Unido, para conhecer uma estudante de 12 anos, que havia conhecido pela internet, ciente de que a menina era virgem e menor de idade. Ele a forçou a ter relações sexuais.
O crime sexual foi descoberto depois que a menina, cuja identidade não foi revelada, foi até uma clínica médica para tomar uma pílula do dia seguinte, sob orientação de Steven.
O atleta foi condenado a quatro anos de prisão pro estupro. Porém, Steven cumpriu apenas um ano e retomou as atividades esportivas em 2018. Agora, dez anos depois do crime sexual, ele disputa uma Olimpíada.
Manifestos
A classificação olímpica de Steven, agora com 29 anos, gerou uma série de reações, incluindo uma petição na plataforma online Change.org pedindo a exclusão dele.
Além disso, três organizações internacionais de defesa de atletas vítimas de violência realizaram um pronunciamento público conjunto, que foi encaminhado ao Comitê Olímpico Internacional (COI), Comitê Olímpico Holandês e à Federação Holandesa de Vôlei.
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