segunda-feira, 25 de agosto de 2025

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Whindersson escreve carta a Zuckerberg e cobra mudanças nas redes

Whindersson Nunes  publicou nesta segunda-feira (25) uma carta aberta a  Mark Zuckerberg em forma de vídeo. O humorista pediu mudanças no  algoritmo do Instagram para melhorar a entrega de conteúdos aos 57 milhões de seguidores. Ele afirmou que enfrenta dificuldades para alcançar o público e que o problema afeta também outros criadores.

O apelo foi feito em inglês, língua que o artista disse evitar falar, mas que escolheu para garantir que o executivo da Meta entendesse a mensagem.

Primeiro, deixa eu te contar uma coisa inusitada: Eu não falo inglês. Sou brasileiro, sou comediante… e, sinceramente? Sou meio bairrista — adoro minha língua. Normalmente, não me importo em falar mais nada. Quando vocês vêm para o Brasil, aprendem português para vender, né? Mas quando é o contrário… ninguém se importa com a nossa língua. Então, olha para mim agora, Mark. Estou quebrando minha própria regra. Falando em inglês. Não porque eu ame… mas porque preciso que você me entenda ”, disse Whindersson.

O humorista afirmou que suas postagens não chegam ao público que já o acompanha. “ Minhas postagens não alcançam as pessoas que já me seguem. É como fazer um show de stand-up num estádio e o microfone estar desligado ”, comparou.

Ele também destacou que dedica tempo e audiência à plataforma, mas se sente prejudicado ao tentar divulgar novos projetos.

Mark, eu vivo nesta plataforma. Eu trabalho aqui. Trago milhões de horas de atenção para cá. Mas quando tento compartilhar meus outros projetos — educação, tecnologia, moda sustentável, música — de repente minha conta deixa de ser minha. De repente, estou competindo com a empresa que ajudei a construir. Parece que a regra é: ‘Se não lucrarmos, você também não ganha’. Isso não é parceria, é punição ”, criticou.

Na carta, Whindersson denunciou a exposição de conteúdos considerados nocivos enquanto criadores encontram barreiras para compartilhar trabalhos relevantes.

E ouça — o Instagram diz que é democrático. Mas rolamos a página e vemos discurso de ódio, homofobia, até pedofilia… e nada acontece. Enquanto isso, criadores tentando espalhar algo positivo, educacional ou sustentável? Somos soterrados pelo algoritmo. Então imagine, se isso acontece comigo — com 57 milhões de pessoas esperando para ouvir de mim — que tal um novo criador começando hoje? Não se trata apenas de mim, Mark. É um manifesto. Um apelo por justiça, por transparência, por respeito ”, afirmou.

O desabafo terminou com uma pitada de humor.

Se o algoritmo for mesmo Deus, então, por favor, nos deem um confessionário — porque, neste momento, o único pecado é tentar ser independente ”, disse o artista, que pediu para os fãs marcarem Zuckerberg nos comentários.

gente.ig.com.br

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