A atriz Vera Fischer foi a grande convidada pelo Encontro com Patrícia Poeta desta quinta-feira (21). A artista está comemorando mais de 53 anos de carreira e relembrou no programa os principais momentos de sua trajetória.
“Eu fico emocionada, são muitos anos. Eu entrei na TV Globo aos 26 anos – isso foi em 1976. E o que fiz de lá para cá foram trabalhos gloriosos. Na segunda novela, fui protagonista, depois fui para seriados incríveis, com escritores, diretores, equipes maravilhosas. Tenho uma lembrança muito linda do que eu vivi” , disse ao rever os principais momentos de sua carreira.
Sobre o seu eterno papel de Helena, de Laços de Família(2000), onde viveu uma mãe que postergou sua vida amorosa com Eduardo, na trama vivida por Reynaldo Gianecchini, para “cedê-lo” para a filha, Camila (Carolina Dieckmmmann) que logo enfrentou uma leucemia e comoveu o país.
“Eu acho que a minha Helena foi muito corajosa, muito sofredora, porque ela passou por mil problemas. Foi expulsa de casa, precisou se reerguer, abriu uma clínica de estética e a filha voltou de Londres e se apaixonou pelo namorado dela. A gente já viu histórias horrendas de mães que roubaram namorados da filha. E, na época, gravávamos cenas grandiosas” , contou.
“Era normal, na época, que a gente fizesse novela, e hoje as pessoas trabalham o tempo todo e se perguntam: ‘Ela desmarca demais?'” , disse.
Tony Ramos participou da atração de Patrícia e mandou uma mensagem especial para a colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos em Laços de Família(2000) e Caminho das Índias(2009).
“Nossa querida Vera, eu ia precisar de muito tempo para falar de sua importância no cinema. Saudade de você nas novelas. Estou aqui só pra te dar um beijo, reconhecer em você sua importância e o quão boa colega de trabalho você é – atenta a cada momento. Tanta coisa boa que fizemos, Laços de Família, e aí vai. Muita saúde, Deus te proteja e vamos em frente. Somos grandes sobreviventes dessa linda profissão” , disse o ator.
A artista revelou que passou por situações delicadas quando iniciou sua trajetória, principalmente, pelo machismo e além do fato de ser extremamente bonita.
“Existia muito machismo – existe até hoje. Passei por isso. Tinha que deslizar por muitas coisas. E tinha uma parte do lado feminino que era ciumenta: ‘Como é que ela vai ser boa atriz sendo bonita? Não pode!’ Naquela época, ou era uma coisa, ou outra. Eu era invejada por um lado e cobiçada por outro. Dava força para o meu trabalho, mas, na minha vida, eu ficava mais solitária” , contou em sua participação no programa matinal.