Debora Bloch é responsável por reencarnar uma das vilãs mais famosas da teledramaturgia nacional: Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall na versão original de “Vale Tudo” em 1988. Segundo a intérprete, o público pode esperar novas crueldades da personagem.
Isso porque uma trama inédita e mais sombria foi incluída na releitura, adaptada por Manuela Dias a partir da obra original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. Agora, a personagem forjou a morte de Leonardo (Guilherme Magon) e despreza o filho, que lida com as sequelas de um acidente.
“Eu acho que vai ser difícil as pessoas gostarem da Odete, viu? Ela vem ruim mesmo”, antecipou a intérprete no último domingo (22), durante participação no “Fantástico”, revista eletrônica da Rede Globo.
“Eu acho interessante que ela não seja só a vilã. Ao mesmo tempo que ela é uma personagem é que fala coisas horríveis, né? Mas volta e meia ela traz alguma reflexão sobre a condição dela como mãe ou sobre a condição dela como mulher ou a relação dela com machismo. Não exatamente por isso ela vira uma pessoa legal”, acrescentou.
Relembre
Em 1988, Odete tinha sido responsável pela morte do filho. Era ela quem dirigia o carro que sofreu um acidente, responsável pelo falecimento do primogênito.
Para se livrar da culpa de ter “matado” o próprio herdeiro, a megera preferiu jogar a culpa em Heleninha (Renata Sorrah), o que fez com que o vício dela por bebidas alcoólicas apenas aumentasse.
“Vale Tudo” se despede da grade da Globo em outubro deste ano. Será “Três Graças” a narrativa responsável por ocupar o horário nobre da Globo no segundo semestre de 2025. A história é encabeçada por Aguinaldo Silva, com direção de Luiz Henrique Rios.