domingo, 28 de setembro de 2025

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TV de Collor cumpre decisão do STF e deixa de transmitir a Globo

A TV Gazeta de Alagoas não está mais pirateando a programação nacional da Globo. Sem autorização para exibir os programas da rede desde o primeiro minuto de sábado (27), a emissora do ex-presidente Fernando Collor de Mello interrompeu a transmissão clandestina da maior rede de televisão do país às 14h44, no mesmo minuto em que o capítulo da reapresentação de Terra Nostra terminou.

Desde então, o canal está com apenas atrações regionais, como comerciais e o programa Isso é Alagoas. Oficializada como nova retransmissora da Globo em Alagoas, a TV Asa Branca se tornou a única forma da população regional assistir aos programas do maior canal de televisão aberta do país.

Decisão sob pressão?

A TV Asa Branca foi colocada no ar em caráter emergencial, para evitar que o canal de Fernando Collor de Mello pudesse conseguir uma nova decisão obrigando a manutenção da afiliação de sua emissora com a Globo. A nova afiliada ainda não conta com programas locais, tampouco com anunciantes.

Os espaços destinados para inserções locais estão sendo preenchidos por conteúdos do próprio Grupo Globo, enquanto as faixas de programação regional serão ocupadas provisoriamente pela retransmissão dos telejornais produzidos em Recife.

Os telespectadores só vão voltar a acompanhar produções locais na Globo a partir da noite de 1º de outubro, quando a TV Asa Branca promoverá a estreia do jornalístico local AB2 — ainda não há uma data definida para a estreia dos noticiosos da manhã e do horário do almoço. Enquanto isso, algumas notícias regionais serão veiculadas nos telejornais de Recife.

Entenda o caso

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, acatou na noite de sexta-feira (26) um pedido da Globo e suspendeu os efeitos de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que obrigava a emissora a manter vínculo com a TV Gazeta de Alagoas. O canal local é controlado por um grupo midiático ligado ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que continua cumprindo prisão domiciliar por uma condenação por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ao justificar a decisão, o ministro destacou que a manutenção do vínculo entre uma rede nacional e uma afiliada envolvida em crimes compromete a segurança jurídica no setor de radiodifusão. Ele também ressaltou o impacto econômico que a situação poderia provocar no mercado audiovisual. O magistrado afirmou que o contrato entre Globo e TV Gazeta não deve ser perpetuado por via judicial.

gente.ig.com.br

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