A atriz Tereza Seiblitz esteve nas telinhas da Globo pela terceira vez em 1993, quando atuou em Renascer, como a catadora de caranguejos Joaninha. A artista recordou que o papel caiu como uma luva, e a partir deste momento entendeu sua importância.
Ao NaTelinha, a atriz explicou mais detalhes dos bastidores da produção. “Eu estava há quase um ano morando na Bahia, em cartaz com Dona Flor e Seus Dois Maridos nos 1980 anos de Jorge Amado. Era a única carioca num elenco de baianos. Quando me chamaram para a novela [ambientada em Ilhéus], achei muito especial”, disse.
“Quando li ‘catadora de caranguejo’, falei ‘sim’ e fui fazer (risos). Ainda aproveitei por estar com a prática da fala baiana muito forte”, acrescentou.
Além disso, seu papel como Joaninha foi a confirmação de que era atriz: “Depois dos primeiros trabalhos, estava muito alegre e mais madura. Foi a primeira vez que me senti à vontade mesmo em cena. Eram muitas cenas externas, geralmente com uma única câmera e em planos sequência. Era como um balé dos atores com o câmera e toda a equipe”, lembrou.
“Quando recebi o roteiro e comecei a ler, chorei tanto que não conseguia decorar. Cheguei a ligar para o meu pai, que era muito meu parceiro, e ler a cena para ele. Cheguei no cenário sem o texto na cabeça. E na hora da gravação foi impressionante: o texto veio todo, num tempo maravilhoso. Eu tinha a sensação de que não tinha decorado, mas tinha”, afirmou.
“Até o suor e as lágrimas vinham do mesmo jeito, porque aquilo disparou uma emoção real, como se eu estivesse falando de várias mulheres que perderam o marido na prisão injustamente. Foi uma experiência que ficou guardada no meu corpo e no meu afeto, talvez a mais forte que guardo de Renascer”, concluiu.
*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko