Em participação no “PodCatia Entrevista”, da apresentadora Catia Fonseca, a atriz Regina Duarte relembrou sua breve experiência como  secretária especial da Cultura no governo Bolsonaro e abordou temas como política, arte e a onda de remakes na televisão.

“Um político que sempre admirei”

Ao comentar sua decisão de aceitar o convite do então presidente Jair Bolsonaro em 2020, Regina afirmou que o admirava.

“Era o Bolsonaro me chamando, um homem que eu admirava, um político que eu sempre admirei e continuo admirando”.

Apesar da admiração, ela admitiu não se sentir preparada para o cargo. 

“Eu não me sentia nem um pouco preparada para esse cargo, de jeito nenhum. Mas ele disse que tinha uma equipe maravilhosa que ia me acompanhar”, contou.

Sua gestão durou apenas 74 dias, mas deixou marcas. Uma das decisões que mais a orgulham foi liberar os circos durante a pandemia. 

“Me deu tanto desespero que eu liberei o circo. Eles começaram a rodar pelo Brasil. Aí eu fico orgulhosa, gente, eu consegui pelo menos uma coisa”, disse.

Críticas aos remakes: “Traição aos atores”

Além da política, Regina também falou sobre televisão e criticou a tendência de regravações de novelas. Para ela, refazer tramas que já foram sucesso é um desrespeito aos atores originais. 

“Você tá falando remake, quer dizer o quê? Uma coisa que fez sucesso lá atrás tá sendo refeita agora. Eu acho uma traição aos atores” , afirmou.

A atriz, que interpretou Raquel em “Vale Tudo” (1988), destacou que obras bem-sucedidas não deveriam ser refeitas. 

“Uma coisa que foi bem feita, bem recebida, 100% de audiência… Ah, gente!” , exclamou.

Condição para voltar às novelas

Questionada sobre um possível retorno à TV Globo, Regina foi enfática: só aceitaria se fosse um convite do autor Manoel Carlos, com quem já trabalhou em produções como “Por Amor”. 

“Com Maneco eu faria qualquer coisa. Se fosse o Maneco, que eu fiz três Helenas com ele, eu não pestanejo”, declarou.