A Record está preparando uma nova reprise de A Escrava Isaura (2004), protagonizada por Bianca Rinaldi, Theo Becker e Leopoldo Pacheco. O canal vem se movimentando para produzir uma edição especial do folhetim em homenagem aos 150 anos do lançamento do livro homônimo do escritor Bernardo Guimarães (1825–1884).
De acordo com o colunista Flávio Ricco, a emissora da Barra Funda testará mudanças nos capítulos, além de melhorias na qualidade da imagem — com o auxílio, inclusive, da inteligência artificial. O áudio também passará por uma remixagem, além de uma nova versão para a abertura.
A Escrava Isaura se tornou um grande sucesso da Record ao longo dos anos. Exibida originalmente em 2004, a novela foi reprisada quatro vezes, além de ter sido transmitida por outros canais do grupo e vendida para emissoras como Fox Life, TV Brasil e Rede Família.
Por esse motivo, a Record quer voltar a exibir o folhetim: a trama mantém excelente audiência mesmo após 21 anos de sua estreia. A nova reprise está prevista para agosto de 2025 e será apresentada em formato compacto, com imagem no padrão 16:9, adaptada para as telas modernas, contando com os aperfeiçoamentos proporcionados pela inteligência artificial.
Sobre a Escrava Isaura
A Escrava Isaura acompanha a comovente trajetória de Isaura, uma jovem branca, filha de uma escrava com um homem branco e livre. Apesar de sua aparência e educação refinada, Isaura nasce marcada pela condição de sua mãe e, por isso, é considerada propriedade da família do fazendeiro que a criou.
Criada na fazenda do Comendador Almeida como se fosse parte da elite, Isaura recebe uma educação de qualidade, aprende boas maneiras e é tratada como uma dama da sociedade. No entanto, sua liberdade jamais lhe foi concedida oficialmente, o que a coloca em uma posição delicada e vulnerável, sempre à mercê dos desejos e decisões dos seus senhores.
Com a morte do Comendador, a vida de Isaura se transforma em um verdadeiro pesadelo. Leôncio (Leopoldo Pacheco), o filho herdeiro da fazenda e dos escravos, assume o controle da propriedade e passa a perseguir obsessivamente Isaura. Obcecado por sua beleza e por sua condição de “escrava branca”, Leôncio a vê como um troféu que precisa ser conquistado a qualquer custo, usando de chantagens, ameaças e humilhações para tentar dominá-la.
Ao longo da trama, Isaura luta para conquistar sua liberdade e fugir das garras do cruel Leôncio. A novela, baseada no romance abolicionista de Bernardo Guimarães, emociona o público ao trazer à tona temas como racismo, desigualdade, e a busca por dignidade humana.