terça-feira, 6 de maio de 2025

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Record é condenada a pagar R$ 400 mil após demitir jornalista

A Record foi condenada a pagar R$ 400 mil reais ao repórter Arnaldo Duran após demiti-lo no Natal de 2023. A Justiça avaliou o caso do profissional, que possui uma doença rara e incurável. De acordo com a juíza Daniela Mori, da 89ª Vara do Trabalho de São Paulo, a decisão da emissora foi considerada ilegal por conta do diagnóstico do jornalista.

Além da indenização, a emissora foi obrigada a recontratar o veterano, mas pode recorrer a recurso da sentença realizada no dia 25 de abril. Em 2016, ele foi diagnosticado com síndrome de Machado-Joseph, uma ataxia espinocerebelar do tipo 3 que se comporta como uma doença degenerativa no sistema nervoso. A condição também pode ser chamada de “doença do tropeção”.

Por conta do quadro, alguns sintomas dificultaram o trabalho de Arnaldo, como a falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e a perda de equilíbrio. Segundo relatos do próprio jornalista, em épocas mais severas, ele chegou a pensar que perderia a voz.

A defesa de Duran recorreu a uma uma indenização de R$ 3 milhões. Com isso, a Justiça acatou R$ 400 mil de danos morais e o que sobrou do valor foi adaptado a questões trabalhistas, a exemplo do desligamento, que é considerado inviável pelo seu time devido a condição em que ele se encontrava.

“A dispensa do autor (Duran) teve caráter arbitrário e discriminatório. Os elementos trazidos aos autos demonstram que a sua condição de saúde contribuiu para sua dispensa, ou seja, a rescisão contratual possuiu motivação ilícita”, declarou a juíza.

A reportagem do iG Gente entrou em contato com a assessoria da Record e com o jornalista Arnaldo Duran. Até o momento, não tivemos respostas, mas o espaço segue aberto para ambos posicionamentos. As informações são de Gabriel Vaquer, da coluna Outro Canal.

gente.ig.com.br

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