sábado, 27 de julho de 2024
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Público está de saco cheio das subs vazias e VTzeiras dos realities

Quando a Record optou por confinar uma baciada de subcelebridades desesperada por holofotes juntamente com um grupo de anônimos em um lugar caótico e claustrofóbico para salvar apenas 20 nomes e formar o elenco fixo de A Grande Conquista 2, o óbvio estava prestes a se repetir: novamente veríamos um monte de gente “famosa” por motivos desconhecidos seria eleita só porque se especializou na arte de fazer barraco e gerar VTs sem o menor conteúdo ou valor de entretenimento. O que ocorreu na noite de ontem (9), no entanto, é um aviso a Rodrigo Carelli: o público está saturado deste perfil e sedento por novas narrativas.

O elenco desta edição é basicamente formado por anônimos. Somente quatro dos 20 participantes são relativamente conhecidos pelos fãs dos realities e podem ser classificados dentro deste universo como “famosos”. São eles: Cátia Paganote (A Fazenda 10, Troca de Esposas e Famosas em Apuros), Claudia Baronesa (Power Couple Brasil 6 e A Fazenda 13), João Hadad (De Férias com o Ex 6 e Power Couple Brasil 6) e Liziane Gutierrez (A Fazenda 13).

Outros seis integrantes do elenco estão na categoria que gosto de chamar de “famônimos”, ou seja, pessoas que até têm uma trajetória artística e acumulam passagens pela TV, mas que se você encontrar na fila do supermercado jamais iria reconhecer de imediato.

Neste grupo de famônimos, temos: o ator Brenno Pavarini, que atuou em uma das temporadas de Reis, da Record; o palhaço Bruno Cardoso, que já foi jurado do reality musical Canta Comigo e pertence à família “Patati Patatá”; o ator Fernando Sampaio, que fez inúmeras novelas bíblicas da Record; o jornalista Guipa, que é apresentador da rádio Mix e foi fofoqueiro em um programa de TV que ninguém assistiu (porque traçava diariamente no Ibope); e as cantoras MC Mari e Taty Pink, que ainda lutam por um lugar ao sol nos ritmos que defendem.

Os outros 10 integrantes são anônimos. Pessoas que nunca tiveram nenhum motivo para estarem em um programa de TV, mas que chamaram a atenção do público por suas personalidades e conseguiram desbancar figuras batidas e saturadas em reality shows, que praticamente gabaritaram e estão na “prorrogação” da tentativa de serem famosos ou relevantes midiaticamente.

Tudo bem que neste pacote de anônimos existem pessoas como Dona Geni, mãe de Jaquelline Grohalski, campeã de A Fazenda 15, e também Kaio Perroni, ex-melhor amigo e ex-assessor pessoal de Lucas Souza, e Vinigram, cantor e filho de Netinho de Paula. Mas no geral, são figuras desconhecidas do grande público.

Chama a atenção o fato do público da Record ter elegido Anahí Rodrighero, empresária do Acre, que logo caiu nas graças do público e foi a primeira a carimbar passaporte para a Mansão. Por se tratar de uma mulher trans, o conservadorismo da audiência ficou de lado (ainda bem!) e ela, em poucos dias, provou seu potencial de entretenimento. Ainda na etapa da Vila, ela teve como adversário o assessor de Deolane Bezerra, que nem chegou perto de conquistar uma vaga efetiva no programa.

Completam o time de anônimos o influencer Cel, a comentarista de realities Edlaine Barboza, o policial Fellipe Villas, o advogado Hideo, o nutricionista Lucas de Albú e o humorista Will Rambo.

A Grande Conquista não é necessariamente um reality show que domina os debates virtuais e tampouco engaja massivamente como A Fazenda ou o BBB, mas é um formato em que o público define o elenco e tem seu valor dentro do segmento.

Com tantos realities na TV aberta, é difícil inovar no quesito elenco, ainda mais quando a ideia é ter nomes conhecidos do grande público. Mas ao ver anônimos se sobrepondo às figuras batidas, a audiência mostra que quer ver pessoas mais reais e naturais na TV, e também deixa um aviso a Rodrigo Carelli de que é necessário inovar na hora de formar os times dos programas que ele chefia na Record.

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