Quando surgiu com a força de uma epidemia em meados da década de 1980, A AIDS chegou a ser enxergada não apenas como uma sentença de morte, mas como uma espécie de vírus responsável por punir homossexuais, o que serviu de base para uma campanha de preconceito e perseguição de parte mais reacionária da sociedade.
Estudos e campanhas de conscientização fizeram o cenário mudar, ainda que ativistas e estudiosos acreditem que seja um trabalho contínuo e de evolução lenta. Parte desta campanha está presente em Um Pequeno Incidente, peça que chega ao palco do Espaço de Convivência do Teatro Vivo em 03 de outubro e celebra as quatro décadas de combate à estigmatização da AIDS.
Com texto assinado por José Pedro Peter,que estrela a montagem ao lado de Rafael Primot, Um Pequeno Acidente parte de um evento prosaico: o encontro de dois homens na sala de espera de um centro de atendimento do SUS enquanto esperam pelos resultados de seus testes rápidos.
Sob a direção de Marco Antônio Pâmio, a montagem discute as diferentes realidades dos dois homens e suas respectivas visões acerca do mundo e das relações que vivem e desenvolvem ao longo da vida, em meio a discussões sobre poliamor, solidão, monogamia e sexo.
Um Pequeno Acidente cumpre temporada de 03 de outubro até 07 de dezembro, com sessões de sexta-feira a domingo, às 20h (sex. e sáb.) e às 18h (dom). Os ingressos custam de R$50 (meia) a R$100 (inteira) e podem ser adquiridos via plataforma Sympla.