O padre Fábio de Melo compartilhou uma mensagem enigmática em seu perfil no Instagram sobre o tema do perdão. A publicação surge após uma série de controvérsias envolvendo o sacerdote, incluindo seu silêncio inicial sobre a morte do papa Francisco e um incidente em uma cafeteria de Joinville (SC), que resultou na demissão do gerente do estabelecimento.
No caso da cafeteria, Fábio de Melo alegou ter sido maltratado durante o atendimento. A decisão de demitir o funcionário gerou reações negativas, levando o padre a afirmar que está sendo alvo de “ataques orquestrados “. ” As pessoas querem odiar” , declarou em resposta às críticas.
Outro episódio que chamou atenção foi a demora do padre em se manifestar sobre o falecimento do papa Francisco, em 21 de abril. Enquanto representantes da Igreja Católica se pronunciaram rapidamente, Fábio de Melo só se posicionou no dia seguinte, o que rendeu novas críticas.
Em meio aos acontecimentos, o sacerdote publicou um texto sobre perdão em suas redes sociais, sem permitir comentários:
“O perdão requer observar a medida certa do esquecimento. Esquecer para que não doa mais, mas não esquecer tanto, para que não incorramos no erro de ceder ao outro o mesmo espaço em que fomos feridos por ele.”
Entenda a polêmica
O recente episódio envolvendo o padre Fábio de Melo e a cafeteria Havanna ganhou grande repercussão nas redes sociais, levantando debates sobre direitos do consumidor, conduta profissional e os impactos da exposição pública.
Durante uma visita a uma unidade da Havanna em Joinville, Fábio de Melo percebeu uma discrepância entre o preço exibido na prateleira e o valor cobrado no caixa. Ao questionar o funcionário, o religioso relatou ter sido atendido de maneira grosseira pelo gerente, que se recusou a honrar o valor anunciado. Em suas redes sociais, o padre destacou que, por lei, estabelecimentos comerciais são obrigados a cumprir os preços divulgados, mesmo em caso de erro.
O relato viralizou, gerando uma onda de críticas contra a rede de cafeterias. Dias depois, o gerente envolvido, Jair José Aguiar, foi demitido. Em entrevista ao iG, Jair afirmou que houve um mal-entendido e negou ter agido com desrespeito . Ele também mencionou ter sido exposto indevidamente, com imagens internas da loja circulando na internet, o que contribuiu para seu julgamento público e posterior demissão.
A Havanna emitiu uma nota pedindo desculpas pelo ocorrido e informando que o colaborador já não fazia mais parte do quadro funcional. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Sitratuh) criticou a decisão, acusando a empresa de agir por pressão da opinião pública sem uma apuração justa. A entidade classificou a demissão como discriminatória e destacou a falta de oportunidade de defesa do funcionário.