domingo, 8 de dezembro de 2024
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Nota zero: a incoerência de um grupo de K-pop britânico

Se tem uma coisa da qual não podemos ir contra em momento algum é reconhecer que o K-pop
, através de seus grupos e cantores solos, é um verdadeiro case de sucesso na indústria musical
.

BTS
e Blackpink
são apenas dois de uma variedades de grupos de K-pop
que alcançaram o estrelato mundial, tecnicamente conhecido na indústria da música como
mainstream

.

Em míudos, o K-pop é uma realidade
.

Mas o K-pop não é um gênero musical
dentro do pop
. Por favor!

Mas a BBC partiu para essa ideia de “pegar o gancho”
do sucesso dos artistas coreanos e lançou o
Made In Korea: The K-Pop Experience

.

E o Dear Alice
embarcou, como tantos outros participantes, nesta ideia.

Convenhamos: direito deles. é uma porta! Tantos sonham com o sucesso.

Agora eles são um grupo de K-pop britânico
. Artistas do Reino Unido
com foco no pop coreano
.

Certo. Mas o pop dos artistas coreanos, sem precisar de uma análise mais profunda, é o pop global.
Sua construção musical, desenvolvimento de marca, performance no palco – tudo isso o K-pop faz muito bem porque se adaptou à música de apelo popular. E não perdem para nenhum artista ocidental.

Eles se adaptaram. E deu muito certo.

O mais surpreendente é que quem organizou essa “farofa” foi justamente a SM Entertainment,
 empresa coreana de gerenciamento artístico, junto a Kakao Entertaiment
, que também uniram suas forças à Moon & Back
, empresa britânica envolvida no
The K-Pop Experience.

Para o bem da verdade, os novos artistas conquistaram o know-how
necessário para trabalharem como os bem sucedidos do grupo de K-pop. É como se a SM “ensinasse” aos britânicos como fazer sucesso no pop. 

Será que eles esqueceram o caminho a ser trilhado? O Reino Unido é um dos mercados mais importantes do mundo, há décadas.

Mas com isso, a BBC
vende este produto como se fosse um gênero
. Não, não é de forma alguma.

O K-pop é uma designação que o mercado criou para identificar os artistas coreanos que atuam no pop.

Ou seja, no final, tudo é pop.

Tudo é mercado.

Em tempo: Dexter Greenwood, James Sharp, Blaise Noon, Oliver Quinn
e Reese Carter
, formam o Dear Alice
, que tem nome em inglês, integrantes britânicos e nenhuma correlação – ou identificação – como um grupo pop coreano.

Claro, desejo enorme sucesso a eles, que não têm nada a ver com esse evento patético.

Mas não me recordo de ter visto um projeto tão incoerente na música em todos esses anos de profissão.

Fonte

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