quinta-feira, 12 de junho de 2025

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Nego Di é condenado a 11 anos por estelionato no RS

A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o influenciador  Dilson Alves da Silva Neto , mais conhecido como  Nego Di, e o sócio Anderson Boneti a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa. A decisão, proferida nesta terça-feira (10), envolve 16 vítimas de  estelionato em Canoas, no Rio Grande do Sul. A dupla oferecia produtos pela internet a preços baixos, mas não entregava os itens nem devolvia o dinheiro.

A sentença foi assinada pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas. O processo surgiu a partir de inquérito que apura mais de 370 crimes semelhantes em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. 

De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram entre março e julho de 2021. Nesse período, os réus operavam a loja online chamada TADIZUERA. O site oferecia celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado por valores abaixo do mercado. A fraude atraía consumidores que buscavam economia, mas acabavam sem produto ou reembolso.

Esquema movimentou mais de R$ 5 milhões

As investigações apontam que a conta empresarial da TADIZUERA recebeu mais de R$ 5 milhões entre janeiro e julho de 2022. Todo o valor foi imediatamente sacado ou transferido para outros destinos, o que impediu o rastreio dos recursos e o ressarcimento dos clientes prejudicados.

Os dois foram presos em julho de 2024. Nego Di obteve habeas corpus em novembro do mesmo ano e hoje responde em liberdade, com restrições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça, como a proibição de uso de redes sociais. Anderson Boneti permanece em prisão preventiva e não poderá recorrer solto.

Na sentença, a magistrada considerou o impacto social do golpe e a confiança pública envolvida.

Cumpre registrar que não trata, o caso, de um estelionato comum […] mas sim de um verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público ”, escreveu.

Ainda segundo a juíza, o esquema mirava consumidores com baixo poder aquisitivo e usava a imagem pública de Nego Di para dar credibilidade à fraude. A prática aumentava as vendas e dificultava que as vítimas percebessem o golpe.

O Portal iG entrou em contato com a advogada de Nego Di para um posicionamento da sentença, mas ainda não recebeu uma resposta.

gente.ig.com.br

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