terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

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Maya Massafera rebate críticas: 'Hate por eu ser travesti'

Maya Massafera rebate críticas e denuncia transfobia: ‘Hate por eu ser travesti’Reprodução

A modelo e influencer Maya Massafera, de 44 anos, publicou um vídeo nesta terça-feira (25) para responder críticas que recebeu após dizer que pessoas ricas gostam de magreza. A influenciadora digital afirmou estar cansada de ataques e destacou que sofre hate desde que iniciou sua transição de gênero.

No vídeo compartilhado nas redes sociais, Maya desabafou sobre a perseguição que enfrenta na internet. “Eu estou cansada de ser saco de pancada, desde antes de eu aparecer na minha transição. Quando descobriram, contra a minha vontade, saíram matérias e até fotos que nem eram minhas. Desde aquela época estou sendo saco de pancada todo santo dia”.

A influenciadora reforçou que a aparência de uma pessoa não deveria ser tema de debate. “O corpo de ninguém deveria ser pauta. Eu gosto de ser magra, estou em fase de transição e preciso perder alguns músculos. (…) Sempre fui a favor do corpo livre: se você quer ser malhado, seja; se quer ser gordo ou magro, seja”.

Maya afirmou que enfrenta críticas por ser travesti. “Desde antes do corpo do falecido, eu fazia vídeos contra gordofobia (…). Não acho que é só comigo, são com todas nós travestis. É um hate por ser travesti. Todas as meninas sofrem esse mesmo hate. Além disso, acho que também é um hate por a gente ser feliz e lutar pelos nossos ideais”.

Ela citou Paolla Oliveira como exemplo de mulher que também sofre ataques. “Se você entrar no Instagram da maravilhosa Paolla Oliveira, estão falando que ela saiu do posto de rainha de bateria porque está velha, está gorda. Uma mulher perfeita daquela. E ela é cisgêne­ro. O que ela tem em comum com a gente que recebe hate? Somos felizes, corremos atrás dos nossos sonhos e somos fortes o suficiente para lutar contra o mundo, principalmente nós, mulheres trans. E isso causa indignação”.

Maya contextualizou suas declarações sobre magreza com referência a períodos históricos. “Usei como exemplo cultura e classe econômica de antigamente. (…) Dei um exemplo da elite de antigamente, dos castelos, de onde veio a cultura de ser magra: as rainhas estavam ficando muito gordas porque tinham muita fartura, então fizeram corredores estreitos para ir para a sala de jantar. As que não passavam, não podiam jantar para emagrecer. Assim surgiu a ideia da elite ser magra e os plebeus, mais gordos”.

A influenciadora negou fazer parte da elite e rebateu interpretações equivocadas sobre sua fala. “Eu não faço parte da elite, nunca falei que faço parte. Mesmo porque, se isso existisse ainda, eu seria queimada viva, porque sou trans, sou travesti, e meu corpo não é aceito por essa elite. E além de tudo isso, a elite de hoje em dia… Eu não tenho esse dinheiro que vocês acham que eu tenho, estou longe disso”.

Maya ressaltou sua paixão pela moda e destacou que o setor ainda privilegia padrões de beleza tradicionais. “Eu gosto de moda. Graças a Deus, estão abrindo os olhos para outros tipos de corpos, como o meu, de trans, e de mulheres gordas. Mas ainda é muito pequeno. Cerca de 90% da moda ainda é padronizada, com mulheres do mesmo perfil, muito magras. Eu usei como exemplo e não falei o que estão dizendo que falei”.

Entenda

No fim de semana, Maya já havia respondido um comentário sobre estar muito magra. “Não acho. Isso é gosto. Se você reparar no mundo da moda, a gente gosta de mulher muito magra. É gosto. Tem gente que gosta de mulher mais sarada, de mulher gorda. Eu acho mais bonito uma mulher magra. Uma modelo, a Kate Moss, já disse assim: ‘Não tem sensação melhor do que se sentir magra’. A Kate Moss falou. Você tendo saúde e se cuidando, é do jeito que você gosta”.

Ela mencionou a percepção da magreza entre pessoas ricas e citou a Vogue. “Gente rica ou francesa, ou que entende muito de moda, é apaixonada por magreza. Então, eu não estou nada magra para eles ou para brasileiros da elite. Agora, gente mais simples vai me achar magra. É normal, gente, desde que história é história. (…) Hoje, as pessoas mais simples gostam de uma pessoa mais encorpada. E as pessoas mais fashion, a Vogue, a Europa, os desfiles de moda, a elite, gostam de pessoas mais magras”.

Por fim, Maya contou que fez um experimento ao publicar uma foto do bumbum de Gisele Bündchen sem mostrar o rosto. Os comentários foram negativos e direcionados a ela, sem que os seguidores percebessem que a imagem não era dela.

gente.ig.com.br

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